Moradores da cidade de Gao, no Mali, caçavam e espancavam suspeitos de serem extremistas islâmicos, que fugiram após a tomada do local por forças malianas e francesas. Soldados do Mali colocaram os islamitas suspeitos num caminhão do Exército, com as mãos amarradas para trás.
Durante a maior parte de 2012, os islamitas proibiram a música, obrigaram as mulheres a se cobrirem e realizaram execuções públicas e amputações em cidades do Mali controladas por eles.
Agora, os extremistas deixaram Gao e Timbuktu, que voltaram para o controle do governo após a chegada dos militares. Há informações de que os islamitas podem também ter perdido o controle de Kidal.
Centenas de cidadãos saquearam ontem lojas na cidade de Timbuktu, alegando que os estabelecimentos pertencem a "árabes" e "terroristas" ligados aos radicais islâmicos que ocuparam a cidade por dez meses.
Represália
A multidão enfurecida destruiu lojas que, conforme disseram à agência France Presse, pertenciam aos árabes, mauritanos e argelinos que apoiaram os islamitas ligados à Al-Qaeda.
A França, país do qual o Mali foi colônia, começou a enviar tropas, helicópteros e aviões no dia 11 de janeiro com o objetivo de conter os extremistas, que haviam iniciado uma marcha para o sul do país, na direção de Bamako, a capital.