O Iraque deve lançar uma campanha anticorrupção, para ocorrer simultaneamente à luta contra insurgentes e milícias, defendeu hoje o primeiro-ministro Nouri al-Maliki.

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O líder disse a representantes da poderosa tribo Shammar, do norte iraquiano, que os burocratas roubando o dinheiro do país são tão maus quanto criminosos roubando lojas de joias, em referência a um notório crime ocorrido em Bagdá no mês passado. "Nós devemos lançar uma campanha contra essas pessoas corruptas como lançamos uma campanha contra os criminosos", afirmou Maliki.

Em um relatório de 2008, a Transparência Internacional qualificou o Iraque como o terceiro país mais corrupto do mundo, atrás apenas de Somália e de Mianmar. Porém, o governo iraquiano há tempos minimiza o problema, que prejudica os esforços de reconstrução, após anos de guerra.

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No mês passado, a polícia iraquiana tentou prender vários funcionários do Ministério do Comércio, incluindo dois irmãos do ministro. Eles eram acusados de desviar US$ 7 milhões, porém os policiais foram barrados por seguranças do ministério, até que os suspeitos pudessem fugir.

"O governo e o povo devem cooperar para se livrar dos elementos corruptos roubando o dinheiro público", afirmou Maliki. Há várias acusações de corrupção no país, desde a invasão liderada pelos EUA em 2003.

Em 2007, o então chefe da comissão anticorrupção do país, Radhi al-Radhi, disse que aproximadamente US$ 8 bilhões tinham sido desviados até aquele momento. Porém, há crescentes sinais de que parte das autoridades se cansou da situação e parte para esforços mais vigorosos.