O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, se recusou ontem a desistir de buscar um terceiro mandato, desafiando os críticos que exigem sua substituição num momento em que o país enfrenta a ameaça de fragmentação por parte de insurgentes islâmicos.
Maliki está sob crescente pressão desde que militantes do grupo agora autodenominado Estado Islâmico invadiram áreas do país no mês passado e anunciaram a formação de um califado em terras tomadas do Iraque e da Síria.
"Nunca vou desistir da minha candidatura para o cargo de primeiro-ministro", disse Maliki em um comunicado lido por um locutor na televisão estatal. "Vou continuar a ser um soldado, defendendo os interesses do Iraque e de seu povo", acrescentou, qualificando os insurgentes e seus aliados como terroristas.
Maliki se referia ao Estado Islâmico e a alguns dos principais grupos armados sunitas que tomaram o controle de grande parte das regiões de maioria sunita do Iraque.
A declaração de Maliki vai complicar a luta para formar um novo governo que una o país, étnica e religiosamente dividido, algo que o Parlamento não conseguiu alcançar nesta semana. Com isso, prolonga-se o impasse político que se tornou ainda mais perigoso por causa da ameaça à integridade territorial do Iraque.
Acusado por críticos de exacerbar a divisão sectária no país, Maliki está sob imensa pressão de inimigos políticos sunitas e curdos para renunciar ao cargo, e até mesmo de aliados no próprio campo xiita.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Deixe sua opinião