O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela segue "em estado crítico", mas apresenta "uma melhora sustentada", anunciou nesta segunda-feira (22) o chefe de Estado da África do Sul, Jacob Zuma, após passar pelo hospital.
"O ex-presidente Mandela segue em estado crítico no hospital, mas mostra uma melhora sustentada", afirmou Zuma em comunicado.
O presidente transmitiu a Mandela o "carinho e o apoio de todos os sul-africanos", e pediu à nação que siga rezando por ele.
O boletim médico desta segunda-feira foi divulgado horas depois que Mandla Mandela, neto do maior ícone da luta contra o regime racista do "apartheid", afirmou, após passar pelo hospital, que seu avô "está cada vez mais forte".
Em seu último comunicado, emitido na quinta-feira passada, em coincidência com o 95° aniversário de Mandela, a Presidência sul-africana informou que o ex-presidente melhorava "a um ritmo constante".
Durante sua visita, Zuma mandou uma mensagem de felicitação de Albertina Luthuli, filha de Albert Luthuli, ex-presidente do hoje governamental Congresso Nacional Africano (CNA).
"Me encorajam as informações divulgadas recentemente pela Presidência e a família apontando a constante recuperação de tua condição física", assinala Albertina em sua mensagem.
Nelson Mandela foi internado em estado "grave, mas estável" em um hospital de Pretória em 8 de junho, devido a uma recaída de uma infecção pulmonar, e sua situação passou a ser "crítica" em 23 de junho.
Eleito em 1994 como primeiro presidente negro da África do Sul, Mandela liderou de forma exemplar uma delicada transição do sistema racista do "apartheid" à atual democracia não racial.
Sua aposta inequívoca pela reconciliação, após mais de três séculos de dominação racista branca, lhe rendeu em 1993 o prêmio Nobel da Paz, que compartilhou com o último presidente do "apartheid" e parceiro no tortuoso caminho à nova África do Sul não racista, Frederik De Klerk.
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