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Ministro Mangabeira diz que eleição acelera mudanças nos EUA | Valter Campanato/ABr
Ministro Mangabeira diz que eleição acelera mudanças nos EUA| Foto: Valter Campanato/ABr

São Paulo - O ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, evita falar sobre suas preferências em relação à disputa pela Casa Branca. Mas não esconde a admiração que tem pelo candidato democrata Barack Obama, de quem foi professor na Universidade Harvard, e diz que uma vitória dos democratas pode abrir grandes perspectivas nas relações entre os dois países, em especial no setor de agrocombustíveis.

"Ele demonstrou uma das qualidades mais importantes da vida pública, que é a capacidade de ser despojado", afirmou o ministro. Ele diz ainda que o distanciamento em relação ao eleitorado do qual a imprensa norte-americana acusa o candidato democrata não passa de má impressão. "Obama é uma pessoa de idealismo refinado e contido, não é espalhafatoso. Essas qualidades, que são características da nobreza moral, nunca devem ser interpretadas como frieza."

Mudanças

Independentemente do candidato vitorioso, Mangabeira ressalta que, por causa da crise, os Estados Unidos estão passando por um momento de mudança e a eleição tende a acelerá-la. "Imagino que poderemos tentar inaugurar uma série de iniciativas que nos uniriam a serviço de um objetivo generoso, que é a ampliação das oportunidades econômicas e educativas em todas essas áreas, até mesmo nos agrocombustíveis", diz Mangabeira Unger.

Com a vitória democrata, Obama poderá ser o interlocutor de uma solução no impasse comercial entre EUA e Brasil a respeito do etanol, afirmou o ministro. Durante a campanha, quando recebeu apoio dos produtores norte-americanos de álcool do milho, o senador democrata defendeu tarifas elevadas para a importação do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.

"No futuro, ele representará os interesses de todo os EUA, que têm interesse, em longo prazo, na organização do mercado mundial de agrocombustíveis e no desenvolvimento das bases científicas dos instrumentos tecnológicos", diz o ministro.

No Palácio do Planalto, Obama também goza da simpatia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que declarou, em sua viagem à Cuba na semana passada, que a eleição do democrata seria uma avanço para o mundo.

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