Um protesto contra a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza reuniu cerca de 300 pessoas na tarde desta quinta-feira (8), na Cinelândia, região central da cidade. Vestindo camisetas em apoio aos palestinos e carregando faixas e cartazes, os manifestantes pediam o imediato cessar-fogo na região.

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O protesto foi organizado pelo Comitê de Solidariedade Luta do Povo Palestino, com apoio de sindicatos e partidos de esquerda. A presidente da entidade, Stela Santos, classificou de holocausto palestino os ataques de Israel Faixa de Gaza.

É uma catástrofe. O holocausto. O mundo inteiro está estarrecido com o tamanho da agressão que Israel está cometendo contra aquele povo, que não tem um exército e resiste com poucos recursos, disse Stela.

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Entre os manifestantes, chamava a atenção o casal Salah Al-Din Mohammad e Latifa Mohammad. Vestidos com roupas árabes e Integrantes da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro eles contaram que se converteram há cerca de um ano, quando adotaram os novos nomes.

Eu não entendo como um povo que foi violado de todas as formas, que sofreu constrangimento e humilhação nos campos de extermínio e nos guetos, consegue se tornar tão desumano a ponto de reproduzir o inferno no qual viveu, declarou Salah Al-Din, que trabalha junto com a esposa em uma empresa de informática.

Próximo manifestação, mas sem participar do ato público, Erlix Estevez, representante no Brasil da ONG Amisrael, lamentava a guerra na Faixa de Gaza.

A ação não é contra o povo palestino, mas sim contra o Hamas, que é um grupo terrorista. Nós somos contra ações que atinjam civis e buscamos um acordo de paz. O estado palestino tem o direito de existir. Aquela terra é para todos: judeus, cristãos e muçulmanos, afirmou Estevez.

Ele considerou que a ação israelense foi um direito de defesa, mas admitiu que a reação foi exagerada. Todo cidadão tem direito de defesa. Houve uma ação terrorista que prejudicou um povo e talvez a ação tenha sido desproporcional.

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Segundo ele, a ação do governo israelense não vai trazer a paz para a região. Eu não acredito que a guerra leve paz. Nós trabalhamos para a concórdia entre os povos. A guerra nunca gerou a paz, disse.

A Faixa de Gaza tem um milhão e meio de pessoas. O território fica dentro de Israel e tem uma área aproximada de um terço da cidade do Rio de Janeiro.Em 10 dias de guerra, já morreram mais de 700 pessoas, a grande maioria civis, incluindo idosos, mulheres e crianças.

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