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Manifestação pede transferência de Mubarak para hospital

Cerca de 200 partidários de Hosni Mubarak iniciaram neste sábado (09) um protesto sem prazo para terminar, para que o ex-presidente egípcio deposto seja transferido da prisão para um hospital.

Autoridades egípcias e a imprensa local informaram que houve uma piora considerável no estado de saúde de Mubarak, que tem 84 anos, após a divulgação do resultado de seu julgamento, na semana passada, no qual ele recebeu condenação de prisão perpétua por seu papel na morte de centenas de manifestantes durante a revolta popular que o tirou do poder, no ano passado.

"Há cerca de 200 partidários e advogados de Mubarak em frente à Autoridade Prisional e eles não sairão de lá enquanto Mubarak não for transferido para um hospital militar ou particular", afirmou Mohamed Abdel Razek, um dos advogados do ex-presidente.

Abdel Razek afirmou que o promotor geral disse a ele que "não havia barreiras" para o seu pedido de transferência de Mubarak da ala médica da prisão de Tora, no Cairo, mas que essa decisão precisa ser tomada pela Autoridade Prisional.

Na semana passada, fontes de segurança afirmaram que Mubarak recebeu respiração artificial cinco vezes em apenas um dia, e médicos recomendaram que ele seja transferido para um hospital militar ou para o local que ele estava antes de sua sentença sair.

A agência de notícias estatal Mena afirmou neste sábado que Mubarak, que foi levado em uma cama de hospital ao tribunal para seu julgamento, corre o risco de sofrer um derrame.

A absolvição de seis dos principais assessores de Mubarak enfureceu aqueles que alegam que a velha guarda do ex-presidente ainda governa nos bastidores. Alguns egípcios queriam a execução de Mubarak, e a sentença causou dias de protestos em todo o país.

Os manifestantes exigiam um novo julgamento e a implementação de uma lei, aprovada pelo Parlamento mas não colocada em vigor, banindo assessores de Mubarak da política.

A corte constitucional vai julgar a validade da lei no dia 14 de junho.Entre os dias 16 e 17 de junho ocorrerá o segundo turno das eleições presidenciais, que terá o embate entre Ahmed Shafik, último primeiro-ministro do governo de Mubarak, e o candidato da Irmandade Muçulmana Mohamed Mursi. O Exército, que governa o país desde a queda de Mubarak, entregará o poder para o eleito em 1º de julho.

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