Manifestantes conseguiram deter nesta sexta-feira (1) obras de perfuração da seção mais longa que resta do Muro de Berlim, símbolo da Guerra Fria ameaçado por um projeto imobiliário.

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Um guindaste retirou hoje um pedaço do muro, que faz parte de um trecho de 1,3 km conhecido como East Side Gallery. A galeria fica às margens do rio Spree e foi declarada como um monumento histórico em 1992, sendo uma das principais atrações turísticas de Berlim.

Dezenas de policiais tentaram conter os 200 manifestantes que protestaram exibindo cartazes. "Berlim está vendendo a si e a sua própria história", dizia um cartaz, enquanto um manifestante gritava: "Queremos nosso Muro!". Para reduzir a tensão, a polícia anunciou a suspensão das obras até nova ordem. A empreiteira responsável pela obra deve retirar os equipamentos do local. Uma imobiliária quer abrir um acesso a uma torre de apartamentos de luxo que será construída às margens do rio Spree e o município de Berlim quer permitir que pedestres e ciclistas tenham acesso a uma ponte que será construída sobre o rio, com inauguração prevista para 2015.

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