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Colômbia

Acuado por denúncias, Petro anuncia novas reformas e diz ser vítima de tentativa de golpe

Presidente participou nesta quarta-feira de ato em Bogotá, uma das manifestações convocadas para demonstrar apoio a reformas que maioria da população colombiana rejeita, segundo pesquisa (Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda)

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Manifestações convocadas pelo presidente Gustavo Petro e com adesão de sindicatos estão sendo realizadas nesta quarta-feira (7) na Colômbia, para demonstrar apoio às reformas propostas pelo mandatário esquerdista enquanto ele é acusado de irregularidades na sua campanha vitoriosa em 2022.

Em discurso num dos atos, na capital Bogotá, Petro afirmou que, além das reformas que estão emperradas no Congresso colombiano, apresentará no segundo semestre duas novas propostas, para mudanças no ensino superior e nos serviços públicos.

O presidente afirmou que a reforma dos serviços públicos visa que “o eixo não seja o empresário” que detém concessões, “mas sim o usuário do serviço público na Colômbia”.

Já a reforma da Lei 30 teria o objetivo de facilitar a entrada dos jovens colombianos na educação superior, para que “possam ter acesso a um direito, que é ser educado, porque ser educado também é para o ser humano poder viver com dignidade”.

Apesar das manifestações convocadas por Petro, a maioria da população colombiana rejeita as reformas que já foram apresentadas pelo governo (saúde, previdência, trabalho, entre outras): numa pesquisa divulgada na semana passada, 60,9% dos entrevistados afirmaram discordar das propostas e apenas 32,1% disseram que as apoiam.

Petro vem sendo acuado esta semana por uma denúncia, publicada por um jornal colombiano, de que sua campanha de 2022 teria recebido dinheiro do regime do ditador Nicolás Maduro, além da abertura de uma investigação no Conselho Nacional Eleitoral da Colômbia (CNE) sobre a acusação de que não teria relatado pagamentos feitos a observadores eleitorais da sua coalizão.

Nesta quarta-feira, Petro disse estar sendo vítima de uma tentativa de golpe e comparou sua situação com a do ex-presidente peruano Pedro Castillo, destituído e preso no final do ano passado após tentar um golpe de Estado.

“Isso se chama golpe branco, um golpe de Estado, golpe contra a vontade popular. Pedro Castillo estava sozinho, aqui estamos dizendo a quem está promovendo esta estratégia: Petro não está sozinho”, disse o presidente colombiano.

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