Pessoas que participavam de um protesto no Marrocos em prol de mais reformas democráticas na Constituição do Marrocos foram atacadas por simpatizantes ao governo do rei Mohammed VI. "Foi igual ao Egito", disse Zineb Belmkaddem, uma dos participantes do protesto, referindo-se ao episódio em que homens contratados pelo governo egípcio atacaram manifestantes que pediam a renúncia de Hosni Mubarak. "Eles jogaram ovos e pedras nela e tentaram arrancar suas calças", acrescentou, descrevendo o ataque a uma de suas colegas.
A força policial, em pequeno número, tentou proteger os manifestantes e retirou do local alguns deles em uma perua, mas os ataques continuaram mesmo após a saída das forças de segurança. Em determinado momento, homens dizendo "as pessoas dizem sim à constituição" puderam ser vistos correndo atrás de um único manifestante.
Depois de protestos em fevereiro, o rei Mohammed VI anunciou uma série de modificações na Constituição do Marrocos, que concedem mais poderes ao primeiro-ministro e ao parlamento e defendem os direitos humanos, a igualdade de gênero e a independência jurídica. Os manifestantes, no entanto, disseram que a reforma foi insuficiente, visto que o rei ainda possui seu poder absoluto sobre o país. A nova Constituição precisa ser aprovada pela população em um referendo em 1º de julho.
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