Os manifestantes no Egito convocaram nesta segunda-feira uma greve geral sem prazo para terminar. Além disso, pretendem fazer amanhã uma "marcha de um milhão", a fim de marcar a primeira semana do início dos protestos contra o governo do presidente Hosni Mubarak. "Foi decidido durante a noite que haverá uma marcha de um milhão de homens nesta terça-feira", afirmou à France Presse Eid Mohammed, um dos organizadores das manifestações. "Nós também decidimos começar uma greve geral sem data para terminar."
A greve foi primeiro convocada por trabalhadores da cidade de Suez, no fim do dia de dominfo. "Estaremos nos unindo aos trabalhadores de Suez e começaremos uma greve geral até nossas exigências serem atendidas", afirmou Mohammed Waked, outro organizador dos protestos.
Na Praça Tahrir, no Cairo, centenas de pessoas acamparam no local durante a noite de domingo para segunda na tentativa de manter ativos os maiores protestos contra o governo no país em três décadas. No domingo, Mubarak apontou o primeiro vice-presidente em seus 30 anos no poder e um novo primeiro-ministro, em uma tentativa de se manter no comando. Na praça, os manifestantes insistem que não pretendem deixar de protestar até que o militar deixe o governo. "Nós ficaremos na praça até que o covarde se vá", gritam os manifestantes.
A rede de televisão Al-Jazira, do Catar, informou ontem que pelo menos 150 pessoas foram mortas no Egito desde o início da rebelião popular contra Mubarak. Para tentar conter os protestos o governo impôs um toque de recolher que valia das 15 horas de domingo até as 8 horas desta segunda-feira (horário local, 4 horas de Brasília). As informações são da Dow Jones.
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