Manifestantes contrários ao governo na capital da Moldávia armaram dezenas de barracas na principal avenida da cidade, intensificando semanas de protesto por conta de uma grande fraude bancária que tem alimentado a inflação e atingido o governo pró-Europa do país.
Manifestantes montaram cerca de 300 tendas do lado de fora de prédios do governo no mês passado para exigir a renúncia do presidente, Nicolae Timofti, e de outras autoridades por causa do desaparecimento de um bilhão de dólares do sistema bancário.
A irritação por conta do caso, que enfraqueceu a moeda local e levou ao aumento de preços, fez com que o chefe do banco central renunciasse, mas líderes da coalizão de governo têm até agora rejeitado as demandas para que eles também saiam.
“As autoridades estão ignorando as nossas reivindicações, então vamos para o plano B. O bloqueio do tráfego na avenida principal do nosso país é o primeiro passo. Depois, haverá mais”, disse Renato Usatii, líder do movimento de oposição “Nosso Partido”, à Reuters, depois que cerca de 50 barracas foram armadas na avenida central de Chisinau no fim da sexta-feira.
Pelo Facebook, Usatii pediu que os habitantes parassem de pagar as suas contas para “sabotar” o governo.
“Até as autoridades resolverem o problema do bilhão roubado, não vamos pagar as nossas contas”, escreveu.
Outro grupo opositor convocou um comício para o domingo.
Em novembro passado, o Banco Nacional da Moldávia assumiu de forma especial a administração de três bancos, depois que eles chegaram a uma situação de insolvência devido à perda de um bilhão de dólares por conta de empréstimos, trocas de ativos e acordos problemáticos com acionistas. O dinheiro, no entanto, desapareceu em contas no exterior e não foi ainda recuperado.
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