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Protesto

Manifestantes derrubam estátua de Lênin em Kiev

Estátua do líder comunista russo Vladimir Lênin foi derrubada durante o protesto pela adesão da Ucrânia à União Europeia | Maks Levin/Reuters
Estátua do líder comunista russo Vladimir Lênin foi derrubada durante o protesto pela adesão da Ucrânia à União Europeia (Foto: Maks Levin/Reuters)
Cerca de 500 mil manifestantes ocuparam a Praça da Independência com bandeiras |

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Cerca de 500 mil manifestantes ocuparam a Praça da Independência com bandeiras

Um grupo de manifestantes a favor da adesão da Ucrânia à União Europeia derrubou ontem a estátua do líder comunista russo Vladimir Lênin, em meio ao protesto de opositores contra o governo do presidente Viktor Yanukovich na capital Kiev.

Cerca de 500 mil manifestantes ocuparam a Praça da Independência, uma das principais da cidade, com bandeiras da Ucrânia e da União Europeia e gritos de guerra pedindo a renúncia do mandatário. A expectativa dos opositores era reunir um milhão de pessoas.

Durante o protesto, cerca de 2 mil pessoas, a maioria aliados do partido nacionalista Svoboda, levantaram barricadas em diversas partes da cidade para impedir a passagem da polícia. A intenção é permitir que milhares de manifestantes montem acampamento no bairro cívico de Kiev.

Enquanto isso, cerca de mil policiais protegem o prédio da Presidência e outro grupo das forças de segurança cerca o Parlamento para evitar novas invasões a edifícios públicos. Dentro da área de cerco delimitada pelos agentes, cerca de 3 mil aliados de Yanukovich se manifestam a favor de seu governo.

No início da mobilização, líderes opositores reforçaram seu discurso pela saída do presidente. Entre eles, a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, que enviou uma carta lida por sua filha. Além da renúncia, ela pediu que os manifestantes não sentem para negociar com "esse governo que tem sangue nas mãos".

"Yanukovich perdeu a legitimidade como presidente. Ele já não é mais o presidente do nosso país, mas um tirano", afirmou a ex-chefe de governo, presa em 2011 por uso indevido do poder por ter assinado os contratos de gás com o governo russo, um dos motivos do governo para recusar a adesão à UE.

Investigação

Em meio à tensão provocada pelos protestos, um dos maiores desde a revolução pró-ocidental de 2004, a chamada Revolução Laranja, os serviços de segurança ucranianos informaram que abriram uma investigação contra políticos opositores, acusados de golpe de Estado. Segundo o porta-voz dos Serviços de Segurança Ucranianos, Lada Safonova, os políticos investigados cometeram ações ilegais que podem levá-los a condenações de até dez anos de prisão. .

Ontem, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, também anunciou que está viajando a Kiev para impulsionar uma solução política às tensões entre o governo e a oposição.

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