Centenas de manifestantes pró-democracia entraram em confronto com policiais ontem em Hong Kong. Eles voltaram a montar as barricadas que a polícia havia desarmado no início do dia. A multidão encheu as ruas do bairro de Mong Kok, um dos três mais importantes locais de protesto, enquanto a tropa de choque tentava impedir o acesso às vias principais.
A polícia usou spray de pimenta em vários manifestantes e deteve algumas pessoas, entre elas a premiada fotojornalista Paula Bronstein, do Getty Images. As autoridades têm tentado retirar os manifestantes das ruas mais movimentadas de Hong Kong, mas, ao fazê-lo, correm o risco de piorar o impasse com os estudantes. Paralelamente, funcionários do governo iniciaram negociações com líderes do protesto.
Os enfrentamentos noturnos que ocorrem pela cidade têm frustrado o governo e irritado os manifestantes, criando um sentimento mútuo de desconfiança. O movimento "Ocupe o Centro com Paz e Amor" disse que a atitude da polícia de desmanchar as barricadas no bairro de Mong Kok levanta sérias dúvidas sobre a sinceridade do governo na intenção de iniciar um diálogo com os manifestantes.
Equilíbrio
A cidade parece estar tentando criar um equilíbrio entre duas ações opostas: conter os manifestantes nas ruas ao mesmo tempo que se dispõe a negociar com eles. O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, disse na quinta-feira que "o diálogo não significa que as barricadas não serão desmanchadas".
Os protestos em Mong Kok têm operado de forma independente de outros locais, como Admiralty e Causeway Bay, que são organizados por estudantes. Alguns moradores da região ficaram felizes ao ver a polícia, as ruas abertas aos carros e até discutiram com manifestantes que ainda se encontravam no local.
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