Milhares de haitianos saíram às ruas na segunda-feira (18) para exigir a renúncia do presidente Michel Martelly, e alguns manifestantes entraram em choque com a polícia, num momento de crescente preocupação internacional com a violência no miserável país caribenho.
A multidão marchou da rua Delmas, área comercial no centro da capital, até o rico subúrbio de Petionville, onde pedras foram atiradas. A polícia reagiu com gás lacrimogêneo, mas não houve relatos imediatos sobre feridos.
Foi o maior protesto contra o governo desde a posse de Martelly, em maio de 2011, superando os distúrbios ocorridos em maio deste ano, quando o ex-presidente Jean-Bertrand Aristide fez uma rara aparição diante da Justiça.
O protesto ocorreu no aniversário da Batalha de Vertieres, em 1803, que marca a derrota final das tropas francesas na luta haitiana pela independência e a abolição da escravidão.
Volcy Assad, porta-voz do partido Fanmi Lavalas, pró-Aristide, disse que Martelly "representa a minoria que sempre manteve o povo na miséria, com dor (...). Queremos escrever uma nova página da história para que as crianças tenham acesso a água, educação e comida."
No sábado, a força de paz da ONU no Haiti observou com preocupação que houve um aumento da violência e dos homicídios na favela de Cité Soleil, em Porto Príncipe, e também na cidade de Cap Haitien, no norte.
No mês passado, o Conselho de Segurança da ONU renovou até outubro de 2014 o mandato da missão internacional e observou que o treinamento da polícia local continua sendo "uma tarefa muito crítica".
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