Centena de milhares de pessoas participaram de uma passeata neste sábado, pelo centro de Madri, para protestar contra o que consideram ser um processo de rendição do governo ante o grupo separatista basco ETA, e não de paz.
``Rendição em meu nome, não!'' e ``Comprometidos com as vítimas'' foram os lemas da terceira manifestação que convocou a Associação de Vítimas do Terrorismo (AVT), desde que o ETA declarou o cessar-fogo permanente em março.
A principal reivindicação dos manifestantes é que uma reforma do Código Penal não beneficie os condenados por terrorismo.
O objetivo da marcha, que teve a participação da cúpula do opositor Partido Popular, é exigir do governo de José Luis Rodríguez Zapatero que deixe de ``claudicar perante os assassinos do ETA'', disseram os organizadores. Também participou da marcha o ex-premiê José María Aznar.
``Acreditamos que o governo está cedendo, beneficiando os terroristas'', disse José Francisco Alcaraz, presidente da AVT.
Alcaraz disse na leitura do manifesto final que a ``rebelião cívica vai continuar'' contra o processo de paz com o grupo armado.
Zapatero disse no sábado que o Executivo mantinha em andamento seus ``esforços'' para acabar com a violência e conseguir desarmar o ETA, apesar da confirmação oficial de que o grupo separatista teria roubou um arsenal na França.