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Manifestantes pró-Palestina se reuniram neste domingo (8) em Nova York, nos Estados Unidos, com o apoio dos Socialistas Democráticos da América (DAS, na sigla em inglês) local. O protesto atraiu cerca de mil pessoas em meio à condenação generalizada do evento e o avanço da guerra entre Israel e Hamas. A governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul, e outros líderes democratas classificaram a manifestação como “abominável e moralmente repugnante”, se afastando de membros de extrema esquerda do partido.
“O povo de Israel enfrenta violentos ataques terroristas e sequestros de civis. Condeno os planos de manifestação para amanhã na Times Square em apoio aos autores destas ações horríveis. A manifestação é abominável e moralmente repugnante”, disse Hochul mais cedo no X (antigo Twitter). Entre os integrantes democratas do DSA estão os congressistas de Nova York Alexandria Ocasio-Cortez (AOC) e Jamaal Bowman, que condenaram os ataques e pediram um cessar-fogo, mas não se posicionaram na manifestação, informou o site Politico.
O DSA de Nova York convocou a manifestação “em solidariedade com o povo palestino e o seu direito de resistir a 75 anos de ocupação e de apartheid”. Nas redes sociais, AOC condenou o ataque do Hamas a Israel. “Nenhuma criança e nenhuma família deveria suportar este tipo de violência e medo, e esta violência não resolverá a opressão e ocupação em curso na região”, afirmou. A parlamentar defendeu que “um cessar-fogo imediato” é “necessário para salvar vidas”. Ela não comentou sobre a manifestação pró-Palestina nas redes sociais.
O diplomata israelense Aviv Zell fez um apelo ao prefeito de Nova York, Eric Adams, do partido Democrata, para "parar a promoção do terror". "Um protesto a favor do Hamas, uma conhecida organização terrorista, está marcado para às 13h de hoje na Times Square!! Não se trata de apoiar os palestinos e nem mesmo de contar suas mentiras novamente; é sobre apoiar uma entidade que visa assassinar vidas inocentes! Apoiamos você inequivocamente no 11 de setembro. Este é o nosso 11 de setembro e precisamos de você conosco!", afirmou Zell no X.
Nas redes sociais, Adams afirmou que "num momento em que pessoas inocentes estão a ser massacradas e crianças raptadas em Israel, é repugnante que este grupo de extremistas demonstre apoio ao terrorismo". O prefeito de Nova York disse que a manifestação, que começou na Times Square e seguiu até a consulado israelense, foi monitorada durante o dia. "Eu rejeito isso. A cidade de Nova York rejeita isso. Não use nossas ruas para espalhar seu ódio", completou.
No caminho do protesto, manifestantes pró-Palestina se encontraram com manifestantes pró-Israel, a polícia de Nova York manteve os grupos separados. Também houve protestos pró-Palestina na frente da Casa Branca, em Washington (DC) com apoio da entidade Act Now to Stop War and End Racism (Aja agora para acabar com a guerra e acabar com o racismo), também conhecido como "Answer Coalition".