Milhares de manifestantes que protestavam contra o estupro de uma estudante por seis homens na semana passada entraram em choque com policiais ontem em Nova Déli, capital da Índia.

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A polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água. Alguns reagiram com pedras e barras de ferro enquanto tentavam se aproximar da palácio presidencial.

A estudante de medicina, de 23 anos, foi estuprada repetidas vezes e espancada dentro de um ônibus pelos homens, que depois a jogaram para fora do veículo em movimento. Ela está internada em estado crítico, com ferimentos graves no intestino.

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"Queremos justiça", gritavam os manifestantes, cuja principal reivindicação é a pena de morte e um julgamento acelerado para os suspeitos detidos pela polícia.

Cerca de 35 manifestantes e policiais ficaram feridos nos embates. "Muitos estudantes que estavam protestando de maneira pacífica foram atacados", disse Jayati Ghosh, professor universitário que participou da manifestação com sua filha.

Pena de morte

O ministro de Assuntos Domésticos, Sushilkumar Shinde, prometeu considerar a pena de morte para os seis suspeitos. Shinde também afirmou ontem que o governo irá adotar medidas para aumentar a segurança das mulheres em Nova Déli.

O governo havia baixado na semana passada uma medida de emergência proibindo agrupamentos de mais de cinco pessoas nas áreas de alta segurança da cidade.

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Hoje, as autoridades retiraram o veto aos agrupamentos, mas montaram barricadas para evitar que os manifestantes se aproximassem do palácio presidencial.

Mas eles tentaram derrubar o bloqueio policial jogando pedras e garrafas de água.

Nova Déli tem o maior índice de crimes sexuais entre as grandes cidades indianas, com um estupro registrado a cada 18 horas.

A maioria dos ataques não são informados à polícia, porque vítimas de estupro sofrem enorme preconceito e não conseguem se casar.

Os protestos contra o estupro são os maiores desde a metade de 2011, quando houve enormes manifestações contra corrupção na cidade.

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