A polícia turca usou gás lacrimogêneo para tentar conter manifestações em Ancara, no local onde aconteceram duas explosões ontem, que deixaram 95 pessoas mortas e mais de 160 hospitalizadas, sendo 65 em estado grave.
Turquia vê Estado Islâmico como responsável por explosões
Leia a matéria completaUm grupo de políticos e outras manifestantes tentavam colocar cravos no local das explosões, quando a polícia tentou intervir, alegando que investigadores ainda realizam trabalhos. A polícia chegou a deter alguns participantes, como os colíderes do partido pró-curdo, Selahattin Demirtas e Figen Yuksekdag.
Explosões em passeata pela paz na Turquia deixam ao menos 95 mortos
Governo classificou ataque como atentado terrorista
Leia a matéria completaApós alguns instantes, um grupo de cerca de 70 pessoas foi autorizado a entrar na área isolada e os manifestantes marcharam em direção à praça principal de Ancara. Eles entoaram protestos contra o presidente Recep Tayyip Erdogan. O copresidente do partido curdo, Selahattin Demirtas, culpou o governo turco pelas explosões mortais, ao acusá-lo de ter falhado em evitar o ataque.
Em comunicado divulgado hoje, o governo da Turquia informou a nomeação de dois inspetores civis e dois inspetores de polícia para investigar os ataques.
O governo comunicou ainda que 508 pessoas procuraram por tratamento médico em decorrência do maior ataque na Turquia em anos. As duas explosões ocorreram do lado de fora da estação ferroviária de Ancara, quando centenas de ativistas se reuniam em um comício para exigir mais democracia e o fim da violência entre rebeldes curdos e as forças de segurança turcas.
Uma agência de notícias turca informou ainda que a polícia prendeu 14 supostos membros do grupo Estado Islâmico na cidade de Konya. Não está claro se as prisões estão relacionas às explosões em Ancara. O primeiro-ministro Ahmet Davutoglu disse, no entanto, haver “fortes sinais” de que foram atentados suicidas e sugeriu que o grupo Estado Islâmico ou rebeldes curdos possam estar envolvidos.
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