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Protesto esquerdista em Buenos Aires, em agosto deste ano
Protesto esquerdista em Buenos Aires, em agosto deste ano| Foto: EFE/Luciano González

A ministra do Capital Humano da Argentina, Sandra Pettovello, anunciou num vídeo divulgado na tarde desta segunda-feira (18) que quem interromper a circulação de vias públicas durante protestos convocados para esta semana pela esquerda perderá direito a planos sociais do governo argentino.

“Nos próximos dias, as organizações grevistas convocaram uma marcha de protesto. Queremos salientar que, embora haja direito de manifestação, também se deve respeitar o direito das pessoas de circularem livremente para irem trabalhar”, afirmou Pettovello.

A ministra disse que todos aqueles que “promoverem, instigarem, organizarem ou participarem de bloqueios de vias perderão qualquer tipo de diálogo com o Ministério do Capital Humano”, o que implica a retirada de planos sociais.

Na semana passada, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bulllrich, havia divulgado um protocolo de segurança para evitar transtornos à população durante protestos contra o governo Milei.

Ela informou que as quatro forças de segurança federais (Gendarmaria, Prefeitura Naval, Polícia Federal e Polícia de Segurança Aeroportuária) e o Serviço Penitenciário Federal, com eventual apoio de forças locais, seriam mobilizados para desmantelar piquetes e bloqueios.

Bullrich também anunciou punições contra quem levar crianças a esses bloqueios e que as organizações responsáveis pelos protestos terão cobrados os custos das operações de desmobilização, entre outras medidas.

Com base nesse protocolo, no último fim de semana, forças de segurança retiraram indígenas do movimento Tercer Malon de La Paz da praça Lavalle, em Buenos Aires. Eles estavam há quatro meses acampados no local para protestar contra a reforma constituinte da província de Jujuy.

Sindicatos e forças políticas de esquerda convocaram para quarta-feira (20) protestos contra o governo de Javier Milei.

Nesta data, é lembrada todos os anos a grave crise de 2001 na Argentina, que desencadeou grandes protestos e saques e levou à renúncia dos presidentes Fernando de la Rúa (1999-2001) e Adolfo Rodríguez Saá (2001).

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