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Manifestantes esperam fechar Wall Street, onde fica a sede da Bolsa de Nova York, na quinta-feira (17), realizando um carnaval de rua para celebrar os dois meses da sua campanha contra a desigualdade econômica. Os organizadores admitem que o "dia de ação" pode ser o mais provocativo já realizado pelo movimento, e que pode resultar em detenções em massa e em uma piora no relacionamento com as autoridades municipais. "Acho que certamente vamos para isso de olhos arregalados, mas (a passeata é) para provocar ideias e discussão, não para provocar qualquer reação violenta", disse Ed Needham, porta-voz do movimento Ocupe Wall Street. "Acho dificílimo fazer um dia de ação e não esperar algum tipo de reação (das autoridades)." O objetivo dos manifestantes é sair do seu acampamento, num parque privado a duas quadras de Wall Street, e chegar até a rua que simboliza o mercado financeiro global. Depois, eles pretendem se espalhar pelo metrô nova-iorquino a fim de recolher histórias de norte-americanos desiludidos. No final do dia, eles querem se reagrupar para atravessar a ponte do Brooklyn em passeata. No mês passado, durante uma passeata semelhante na ponte, mais de 700 pessoas foram detidas. Algumas pessoas se sentaram na passarela de pedestres e se negavam a sair, e outras andavam pelas faixas dos carros. Pelo Facebook, o movimento divulgou nesta segunda-feira a intenção de "fechar Wall Street." "Vamos tocar o Sino do Povo, e iniciar um carnaval de rua em que iremos reconstruir e celebrar os bairros que a economia de Wall Street destruiu." O grupo prometeu "uma festa de quarteirão que o 1 por cento (dos norte-americanos mais ricos) jamais irá esquecer." A Bolsa de Nova York informou que não irá comentar o assunto, enquanto a prefeitura e a polícia não se manifestaram.

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