Agentes de segurança sírios detiveram dezenas de pessoas depois que milhares de cidadãos saíram às ruas em todo o país em marchas pela democracia, disseram ativistas neste sábado (2).
Pelo menos sete pessoas morreram na sexta-feira durante a repressão das forças de segurança contra os manifestantes, elevando o número total de mortos em duas semanas de protestos para pelo menos 79.
As autoridades começaram a fazer a prisões, principalmente na capital Damasco e nos arredores, horas depois do início das manifestações e na manhã deste sábado, informaram os ativistas, que pediram que seus nomes não fossem divulgados, temendo represálias.
A extraordinária onda de protestos é o maior desafio já enfrentado durante as quase cinco décadas de governo do partido socialista árabe Baath, um dos regimes mais rígidos do Oriente Médio.
O governo responsabilizou "gangues armadas" pelo banho de sangue de sexta-feira. Porém, a agência de notícias estatal reconheceu pela primeira vez que a Síria registra reuniões de pessoas que pedem reformas.
É difícil avaliar a força do florescente movimento de manifestação porque a Síria restringe o acesso da mídia e expulsou jornalistas do país, o que torna difícil determinar a extensão dos protestos e quantas pessoas participam deles.
Dois jornalistas da AP receberam ordens para deixar o país na sexta-feira, com menos de uma hora de prazo. As informações são da Associated Press.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura