Manifestantes contra o governo da Tailândia continuaram a bloquear os centros de registro de candidatos, em uma tentativa de sabotar as eleições nacionais de fevereiro.
Milhares de manifestantes interromperam o registro de candidatos em sete províncias do sul do país, afirmaram autoridades do governo. Os bloqueios começaram na semana passada e ocorrem após dois meses de protestos contra o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
A tensão política tem escalado nos últimos dias. Na sexta-feira o chefe do exército, o General Prayuth Chan-ocha, se recusou a negar outro golpe após combates entre forças de segurança e manifestantes, que resultou na morte de um policial e de um civil, além de mais de 140 feridos. Na madrugada de sábado outro manifestante foi morte e outros três foram feridos.
Se o cerco aos centros de registro de candidatos continuar até o fim do período, em 1º de janeiro, os manifestantes podem atrasar a reabertura do parlamento ou evitar as votações de 2 de fevereiro, caso menos de 95% dos assentos na Câmara dos Representantes sejam preenchidos.
O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, ex-vice-primeiro-ministro, quer impedir que as eleições ocorram por qualquer meio possível. A intenção é substituir o governo de Yingluck por um conselho para governar o país.
Os manifestantes acusam a família Shinawatra de sequestrar a democracia do país com políticas populistas, enquanto a primeira-ministra afirma que as políticas têm como objetivo elevar a renda nas áreas rurais mais pobres. Pesquisas de opinião sugerem que o partido da primeira-ministra, Pheu Thai Party, irá vencer as eleições de 2 de fevereiro.
Muitos tailandeses agora esperam para ver como o exército responderá à crise. Suthep está pedindo que o exército, que possui um papel influente na política do país, escolha um lado.