O aniversário de 22 anos da transferência de Hong Kong para a China nesta segunda-feira (1º) foi marcado por outro grande protesto que fechou as principais vias da cidade e incluiu a tentativa de um pequeno grupo de invadir o prédio do Conselho Legislativo.
Os protestos contra a influência de Pequim no território foram os mais recentes atos de descontentamento civil que abalam Hong Kong por quase um mês e ocorrem no dia em que a devolução do território aos chineses pelos britânicos é oficialmente celebrada.
Antes do amanhecer, a tropa de choque e centenas de manifestantes foram às ruas que levam a uma praça onde as bandeiras de Hong Kong e da China deveriam ser erguidas cerimonialmente. A cerimônia, que teve a presença da líder do Executivo, Carrie Lam, foi transferida para o interior da sede de Legislativo por causa do mau tempo, disseram autoridades.
Os manifestantes, em sua maioria jovens, haviam planejado marchar até a cerimônia e atrapalhar o ato. A polícia de choque os dispersou com spray de pimenta e acertando os manifestantes na cabeça com cassetetes.
Um grupo que manifestava em frente ao Conselho Legislativo repetidamente bateu um carrinho de supermercado contra o painel de vidro da entrada do prédio, conseguindo quebrar parcialmente a proteção.
Ambulâncias foram vistas transportando manifestantes feridos para longe do confronto. Testemunhas relataram que alguns tinhas ferimentos na cabeça.
O descontentamento na cidade foi desencadeado por uma proposta do governo de Hong Kong para aprovar uma lei que permitiria extradições para a China continental. Lam adiou os planos de extradição, mas os manifestantes continuaram a fazer grandes protestos - o renascimento de um movimento pró-democracia que agora defende uma Hong Kong mais livre, a renúncia de Lam e que a polícia seja investigada pela maneira como lidou com os protestos de rua.
Mais de 80 pessoas foram feridas em um confronto entre a polícia e manifestantes no começo de junho, causando revolta em muitos em Hong Kong, que organizaram grandes protestos para denunciar o que eles consideram violência e brutalidade policial contra jovens estudantes.
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