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Ásia

Manifestantes tentam invadir Parlamento em Hong Kong

Manifestantes tentam quebrar uma porta de vidro na sede do governo em Hong Kong no aniversário de 22 anos da devolução do território à China pelos britânicos (Foto: Anthony WALLACE / AFP)

O aniversário de 22 anos da transferência de Hong Kong para a China nesta segunda-feira (1º) foi marcado por outro grande protesto que fechou as principais vias da cidade e incluiu a tentativa de um pequeno grupo de invadir o prédio do Conselho Legislativo.

Os protestos contra a influência de Pequim no território foram os mais recentes atos de descontentamento civil que abalam Hong Kong por quase um mês e ocorrem no dia em que a devolução do território aos chineses pelos britânicos é oficialmente celebrada.

Antes do amanhecer, a tropa de choque e centenas de manifestantes foram às ruas que levam a uma praça onde as bandeiras de Hong Kong e da China deveriam ser erguidas cerimonialmente. A cerimônia, que teve a presença da líder do Executivo, Carrie Lam, foi transferida para o interior da sede de Legislativo por causa do mau tempo, disseram autoridades.

Os manifestantes, em sua maioria jovens, haviam planejado marchar até a cerimônia e atrapalhar o ato. A polícia de choque os dispersou com spray de pimenta e acertando os manifestantes na cabeça com cassetetes.

Um grupo que manifestava em frente ao Conselho Legislativo repetidamente bateu um carrinho de supermercado contra o painel de vidro da entrada do prédio, conseguindo quebrar parcialmente a proteção.

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Ambulâncias foram vistas transportando manifestantes feridos para longe do confronto. Testemunhas relataram que alguns tinhas ferimentos na cabeça.

O descontentamento na cidade foi desencadeado por uma proposta do governo de Hong Kong para aprovar uma lei que permitiria extradições para a China continental. Lam adiou os planos de extradição, mas os manifestantes continuaram a fazer grandes protestos - o renascimento de um movimento pró-democracia que agora defende uma Hong Kong mais livre, a renúncia de Lam e que a polícia seja investigada pela maneira como lidou com os protestos de rua.

Mais de 80 pessoas foram feridas em um confronto entre a polícia e manifestantes no começo de junho, causando revolta em muitos em Hong Kong, que organizaram grandes protestos para denunciar o que eles consideram violência e brutalidade policial contra jovens estudantes.

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