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As forças de segurança da Tailândia lançaram gás lacrimogêneo e usaram jatos de água para tentar impedir que mais de 10 mil manifestantes tomassem uma rede de telecomunicações nesta sexta-feira, nas proximidades de Bangcoc.

As forças oficiais, porém, acabaram recuando e os manifestantes tomaram controle do local. O confronto foi o primeiro com uso da força desde que autoridades tailandesas declararam estado de emergência anteontem. Os manifestantes querem forçar o governo a dissolver o Parlamento e a convocar eleições.

Não havia informações sobre feridos com gravidade no local, uma sede de operações da Thaicom Public, único operador de satélite privado da Tailândia. Manifestantes marcharam para a área nesta sexta-feira em uma aparente tentativa de tomar as instalações para reiniciar as transmissões contrárias ao governo, interrompidas pelas autoridades ontem.

Essa programação incluía uma emissora satélite chamada PTV, financiada pelos manifestantes, utilizada para mobilizar apoios pelo país. Não estava ainda claro se os manifestantes conseguiriam retomar as transmissões.

Muitos dos manifestantes são partidários do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto em um golpe militar há quatro anos. Eles pretendem manter o protesto até o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva dissolver o Legislativo. Abhisit era contrário ao governo de Thaksin e foi eleito em uma votação do Parlamento, em 2008. O atual líder se recusa a antecipar as eleições gerais, mas pode fazer isso no fim do ano.

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