Tymoshenko sairá da prisão hoje, diz porta-voz
Agência Estado
A ex-primeira-ministra e opositora do atual governo, Yulia Tymoshenko, será libertada da prisão neste sábado, informou a porta-voz dela, Natasha Lysova, às agências de notícias internacionais, sem dar maiores detalhes.
A notícia da possível libertação de Yulia ocorre um dia após o parlamento desconsiderar a sua pena. Ela foi condenada a 7 anos de reclusão em 2011, sob acusação de corrupção em um contrato de fornecimento de gás com a estatal russa Gazprom. Partidários dela acusam o governo de abuso de poder com sua prisão, que é vista como um caso de vingança política.
Yulia, uma das empresárias mais ricas da Ucrânia, foi uma das líderes da chamada Revolução Laranja, movimento popular que, entre novembro de 2004 e janeiro de 2005, levou à anulação da vitória de Viktor Yanukovich na eleição presidencial.
Um dia após o acordo político que tinha em vista solucionar a crise civil na Ucrânia, o presidente Viktor Yanukovich deixou a capital e tem paradeiro desconhecido. Manifestantes tomaram seu escritório em Kiev e declararam a ocupação de todos os edifícios da administração oficial.
A agência "UNN", no entanto, informou que Yanukovich deixou Kiev durante a noite de ontem para viajar até Kharkiv, no leste do país, onde se reunirá com os deputados das regiões pró-Rússia.
No Parlamento, líderes da oposição pediam o voto pela deposição de Yanukovich. Também foi noticiado que opositores exigiram dos controladores aéreos ucranianos informações a respeito da localização do presidente.
Volodymyr Rybak, líder do Parlamento e aliado de Yanukovich, renunciou pela manhã e foi substituído por Oleksander Turchynov, próximo da opositora Yulia Timoshenko. Há relatos de que as eleições, antecipadas para dezembro, devem ser realizadas agora em abril.
Os eventos da manhã dão conta da rápida erosão do poder na Ucrânia, após uma semana violenta com ao menos 77 mortos. Hoje, as ruas em que franco-atiradores derrubaram manifestantes estavam tomadas por cidadãos com bandeiras nacionais.
A reportagem foi autorizada a cruzar os portões do escritório do presidente Yanukovich, em Kiev. Ali, Ostap Kryvdyk, 34, diretor internacional das chamada Forças de Auto-Defesa, falava a um grupo de jornalistas.
"O presidente Yanukovich deixou Kiev para sempre. Ele matou muitas pessoas", dizia. "Grande parte da Ucrânia está governada pelo povo por meio de conselhos locais."
Segundo Kryvdyk, a polícia está "mudando de lado". O Ministério do Interior divulgou, mais cedo, uma nota em honra aos mortos da última semana.
As Forças de Auto-Defesa são constituídas, segundo o diretor, "por pessoas que vieram voluntariamente para proteger o país". No palácio, elas trabalham em cooperação com as forças de segurança.
À reportagem, o coronel Nicolai Koloyavsny, representante da segurança do Estado, confirmou que a administração do governo está protegida pelo serviço especial.
Agências de notícias relatam que a residência oficial de Yanukovich, fora da capital, está abandonada.
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