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Ativistas que participavam de um protesto contra a guerra no Oriente Médio, liderado pelo grupo ambientalista Extinction Rebellion, vandalizaram um escritório cristão chamado Christians for Israel na Holanda. A ação aconteceu nesta segunda-feira (25).
Os envolvidos no ato de vandalismo picharam o local com escritos que acusavam os membros da organização de apoiarem o genocídio e a matança de bebês.
O protesto anti-Israel aconteceu na cidade holandesa de Nijkerk, semanas depois do país ter sido palco de ataques antissemitas contra torcedores israelenses e judeus que assistiam uma partida de futebol.
O centro cristão disse em comunicado que o protesto teve início "exatamente quando a maioria dos funcionários estava chegando ao trabalho, pegando muitos desprevenidos” e “o vandalismo criou um ambiente angustiante e hostil para a equipe, que precisou interromper as atividades naquele dia".
A organização de justiça climática Extinction Rebellion assumiu a responsabilidade pelo protesto em uma publicação em sua conta no X, listando as filiais locais do Christian Collective e do Justice Now como participantes.
Nesta terça-feira (26), o grupo de ativismo climático organizou uma nova manifestação, desta vez em frente ao edifício da emissora de televisão pública holandesa NOS.
Segundo imagens divulgadas pela própria emissora, três pessoas passaram correntes pelo corpo e deitaram em frente à entrada principal do edifício, impendido os funcionários da emissora de utilizarem o acesso para entrar ou sair do edifício.
Outros ativistas subiram no telhado e penduraram faixas com mensagens como “EUA, parem de legitimar o genocídio” e “A linguagem não é neutra”.
“Exigimos que a ‘NOS’ assuma sua responsabilidade jornalística e reflita criticamente sobre seu preconceito (…) A ‘NOS’ legitima a violência e o genocídio ao adotar o discurso israelense sem questioná-lo. Isto subestima seriamente a situação em Gaza, onde pelo menos 43.972 palestinos já morreram”, disse a XR Justice Now!, uma facção da organização ambientalista Extinction Rebellion, em uma mensagem sobre o protesto.
Os manifestantes exigiram também que o canal público “cumpra o seu dever de oferecer uma cobertura imparcial e verídica” da guerra no Oriente Médio.
A polícia monitora a situação na sede da emissora NOS, mas ainda não tomou medidas, enquanto um porta-voz da NOS garantiu que, até o momento, a manifestação não está afetando a programação da emissora.