Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Ásia

Manila decreta estado de calamidade depois de tufão arrasar parte do país

Devastação na província de Samar, onde 100% da população foi afetada pelo tufão | Erik De Castro/Reuters
Devastação na província de Samar, onde 100% da população foi afetada pelo tufão (Foto: Erik De Castro/Reuters)
Helicóptero militar com suprimentos aterrissa em Tacloban |

1 de 2

Helicóptero militar com suprimentos aterrissa em Tacloban

Sobreviventes juntam madeira entre dois navios cargueiros carregados pela tempestade |

2 de 2

Sobreviventes juntam madeira entre dois navios cargueiros carregados pela tempestade

O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, decretou ontem estado de calamidade em todo o país por causa da devastação provocada pelo tufão Haiyan, que atingiu o sul e a região central do país na sexta-feira.

Mais cedo, o Exército confirmou 942 mortes provocadas pelo fenômeno, embora o governo provincial de Leyte, ilha mais atingida, tenha cifrado em 10 mil o número de vítimas. Na região, os ventos chegaram a 378 km/h, cidades ainda estão isoladas e mais de 600 mil pessoas estão desabrigadas. Estima-se que 9,5 milhões foram afetados pela tempestade.

A partir da declaração, o governo poderá impor um teto aos preços de artigos de primeira necessidade, como remédios, alimentos, água e derivados de petróleo, além da criação de fundos especiais para a recuperação de infraestrutura e dos serviços públicos. Isso contribuirá para a recuperação das cidades, dentre elas Tacloban, que teve até 80% das construções destruídas após a passagem do fenômeno. Milhares de moradores esperam ajuda humanitária e o governo teve de ocupar a cidade para evitar saques a lojas e instalações do Exército e da Cruz Vermelha.

A falta de mantimentos de primeira necessidade tornou a situação da população insustentável, tendo em vista que milhares de pessoas buscam e rogam por um assento nos helicópteros militares com intenção de deixar a cidade.

Para facilitar a chegada das equipes e da ajuda humanitária, a pista do aeroporto local foi reaberta ontem, para voos da empresa estatal Philippine Airlines e das Forças Armadas, a fim de levar ajuda humanitária a ajudar na retirada de moradores desabrigados.

A tormenta neste momento está sobre a região autônoma de Guangxi Zhuang, da China, com ventos de cerca de 118 km/h, e já causou quatro mortes no país. Outras sete pessoas estão desaparecidas. Antes disso, o Haiyan passou pelo Vietnã e por Taiwan, deixando pelo menos 13 mortos.

Tempestade dificulta ajuda nas Filipinas

A brasileira Graziela Pic­­colo, número dois da Cruz Vermelha nas Filipinas, disse que onze caminhões da organização com suprimentos de emergência estão em trânsito mas ainda não conseguiram chegar às áreas mais afetadas.

"O maior desafio é alcançar as pessoas que estão em áreas longínquas, porque estradas e pontes foram danificadas. O mau tempo dificulta ainda mais", disse ela.

A previsão é que a nova tempestade, batizada de Zoraida, chegue entre hoje e amanhã à costa leste do país, seguindo o mesmo percurso do tufão Hayan.

Apesar de bem mais fraca, a tempestade poderá levar grandes quantidades de chuva, agravando o drama dos desabrigados. Segundo a ONU, o número de pessoas afetadas pela passagem do tufão chega a 9,5 milhões, quase 10% da população das Filipinas.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.