Rebeldes maoístas mataram pelos menos 27 integrantes de forças paramilitares numa emboscada no leste da Índia nesta terça-feira, o último de uma série de ataques arrojados da guerrilha. Uma patrulha com 50 homens foi emboscada na noite desta terça-feira durante uma ação de rotina no distrito de Narayanpur, área de floresta densa do Estado de Chhatisgarh, Dise Sunder Raj, graduado policial local. Dez homens ficaram feridos, informou ele.
Há poucos detalhes sobre o que aconteceu na distante região, onde há grande quantidade de rebeldes, também chamados de Naxals, em homenagem à vila de Naxalbari, onde o movimento começou nos anos 1970.
Nos últimos meses, os rebeldes se tornaram mais arrojados, apesar da ofensiva militar contra eles.
No final do mês passado, funcionários do governo responsabilizaram o grupo pelo descarrilamento de um trem que matou 150 pessoas no Estado de Bengala Ocidental. Em abril, eles mataram 76 soldados em Chhattisgarh. Ao todo, cerca de 400 pessoas já morreram neste ano, e mais de mil no ano passado. A insurgência maoísta já dura quatro décadas.
O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse que os rebeldes são a maior "ameaça à segurança interna" do país.
Na Caxemira, policiais e paramilitares atiraram contra milhares de manifestantes contrários à Índia nesta terça-feira, matando pelo menos três pessoas no pior episódio de violência nas ruas em um ano, disse a polícia.
Após mais de duas semanas de protestos cada vez mais agudos na dividida região do Himalaia, as forças dos governo são acusadas de matar 11 pessoas na Caxemira indiana.
Manifestantes que exigem a independência atacaram tropas com pedras e paus e as forças do governo responderam com gás lacrimogêneo, cacetetes e disparos com munição de verdade.
Milícias muçulmanas têm lutado na parte da Caxemira controlada pela Índia desde 1989. Elas querem a independência ou a fusão com o Paquistão.