O lago Maracaibo, o maior da América Latina, localizado na Venezuela, pode até parecer naturalmente bonito, com uma "pintura" de cor verde que chama a atenção.
No entanto, ele está totalmente contaminado por constantes vazamentos de petróleo e bactérias que tornaram as algas tóxicas, fenômeno que acendeu um alerta de especialistas em microbiologia, segundo noticiou a revista americana Time.
De acordo com a reportagem, o nível de contaminação do lago, que já foi a "salvação" econômica do país, é "sem precedentes" e pode ser considerado irreparável. Além da toxidade, a bactéria Microcystis, que "tomou conta" da água, é responsável por diversas doenças.
No mês passado, o ditador Nicolás Maduro anunciou a implementação de um plano para despoluir a região após "receber denúncias sobre os vazamentos" de ambientalistas e moradores de comunidades ribeirinhas, que necessitam do lago para seu sustento.
O chavista afirmou que encomendou um estudo técnico-científico para recuperar o lago de 13,2 mil km2, que possui vasta reserva de petróleo em seu subsolo e está tomado por lixo tóxico.
O Maracaibo foi um recurso vital para a economia nacional, por muitos anos. No entanto, desde a crise da indústria petrolífera, ainda sob a liderança de Hugo Chávez, que afundou o país em uma grave crise econômica, as manutenções no lago foram interrompidas, deixando-o esquecido.
Tal esquecimento, para além da poluição sem precedentes, também tornou o lago um alvo de gangues criminosas, que se especializaram na caça de botos-cinza e de peixes-boi.
Pesquisadores afirmam que é possível encontrar na região pássaros e espécies aquáticas banhadas de petróleo.