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Uma marcha percorreu as ruas de Buenos Aires em memória do promotor Alberto Nisman, no sétimo aniversário de sua morte, que é investigada como assassinato por tribunais na Argentina, 18 de janeiro
Uma marcha percorreu as ruas de Buenos Aires em memória do promotor Alberto Nisman, no sétimo aniversário de sua morte, que é investigada como assassinato por tribunais na Argentina, 18 de janeiro| Foto: EFE/ Enrique Garcia Medina

Uma marcha fúnebre percorreu as ruas de Buenos Aires na terça-feira em memória do procurador Alberto Nisman por ocasião do sétimo aniversário de sua morte, que continua sendo investigada pelos tribunais da Argentina.

O procurador chefiava as investigações do atentado terrorista contra a sede da Associação Mutual Israelita de Buenos Aires (Amia), ocorrido em 1994, e foi encontrado morto, em 2015, dias depois de anunciar que denunciaria formalmente o governo da então presidente Cristina Kirchner por suposto conluio com o Irã para acobertamento do caso.

Vestidos com roupas pretas e carregando velas e lanternas, algumas dezenas de cidadãos se reuniram no centro da capital e se dirigiram ao conjunto residencial Le Parc, no bairro de Puerto Madero, onde fica o apartamento em que o procurador morava e onde foi encontrado com um tiro na cabeça.

A manifestação, no entanto, não reuniu tantos participantes como nos primeiros aniversários.

Por sua vez, a Delegação das Associações Israelitas Argentinas (DAIA), que nesta ocasião não organizou nenhum ato presencial de homenagem devido ao avanço da pandemia, publicou um vídeo em suas redes sociais para lembrar o falecido procurador.

"Eu estava com Alberto Nisman três dias antes de sua morte. Nisman não era suicida. Nisman era um investigador entusiasmado. Nisman não cometeu suicídio", garantiu o presidente do DAIA, Jorge Knoblovits.

Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro de 2015 no banheiro de seu apartamento, horas antes do horário marcado para comparecer perante o Congresso para explicar a denúncia que havia feito quatro dias antes contra a ex-presidente (2007-2015) e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

O procurador especial do caso que investigava o ataque à Amia, que em 1994 deixou 85 mortos em Buenos Aires, denunciou Cristina e outros membros de seu gabinete pelo suposto acobertamento dos iranianos acusados do atentado terrorista contra a associação israelita, por meio de um memorando de entendimento firmado entre Argentina e Irã em 2013.

Quase sete anos depois, no último dia 7 de outubro, o Tribunal Oral Federal 8 julgou por unanimidade o caso, considerando que o memorando "não constitui crime".

Já a morte do procurador, inicialmente investigada como suicídio, foi classificada como "homicídio" pela Justiça Federal em junho de 2018, mas sem determinar quem teria cometido o crime.

Atualmente, o caso se concentra em analisar as dezenas de milhares de ligações que foram realizadas nas proximidades do apartamento de Nisman horas após sua morte.

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