A venezuelana María Conchita Alonso e o vencedor do Oscar Sean Penn trocaram insultos, com direito a palavras como "porca" e "imbecil", em uma discussão sobre o presidente venezuelano, Hugo Chávez, quando os dois atores se encontraram no aeroporto de Los Angeles.

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A atriz de 57 anos, que nasceu em Cuba e foi criada na Venezuela, é uma grande crítica do governo de Chávez, enquanto Penn, vencedor do Oscar de melhor ator por "Sobre Meninos e Lobos" e "Milk", já chamou o presidente venezuelano de "pessoa fascinante" e visitou Caracas diversas vezes.

Alonso contou à rádio WMAL que no domingo, quando estava no Aeroporto Internacional de Los Angeles para esperar a mãe, viu Penn na área de desembarque e decidiu abordá-lo para falar sobre Chávez, porque ela já havia divulgado no passado uma carta aberta criticando o apoio do ator ao presidente venezuelano.

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A atriz, de filmes como "Moscou em Nova York" (1984) e "O Sobrevivente" (1987), relatou que Sean Penn a reconheceu e disse: "Ah, é você (...) Não quero falar com você, você fala mal de mim".

"Não, eu apenas digo a verdade. Que você é amigo de Chávez e diz que ele é um bom homem e isto é mentira. Como pode fazer isto?", rebateu a atriz.

Penn acusou então o irmão da atriz de ter participado no golpe de Estado que afastou por alguns dias Chávez do poder em 2002, "o que é falso", segundo Alonso.

"O tom começou a subir", completou a atriz, que acusou então Penn de apoiar também o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, coisa que ele - seempre de acordo com Alonso - negou com veemência.

"Você é uma porca", disse o ator.

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"E você é um comunista, Sean Penn!", respondeu ela.

"Da segunda vez que o chamei de comunista, disse 'você é um comunista imbecil'", narrou a atriz.

"Minha mãe estava tão feliz que queria aplaudir".

Mas na entrevista, a atriz latina pediu desculpas por ter ofendido Penn de maneira tão violenta.

"Mas não me desculpo por tê-lo chamado de comunista, porque isto é o que ele é".

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Na carta aberta de março de 2010, a atriz e cantora lamenta que Penn "tenha decidido ignorar os fatos" ao mostrar apoio ao "regime" de Hugo Chávez.

"Por ter nascido em Cuba, onde não existe a liberdade de expressão, me surpreende observar como a Venezuela, onde cresci felizmente, está se transformando rapidamente no espelho de Cuba", escreveu Alonso na carta.