A líder opositora María Corina Machado, que ainda está na Venezuela, convocou nesta segunda-feira (9) seus compatriotas que residem na Espanha a se manifestarem pela liberdade e democracia do país sul-americano nesta terça-feira (10) em Madri, cidade onde está refugiado neste momento Edmundo González Urrutia, que teve que sair da Venezuela após intenso assédio do chavismo.
“A cada um dos venezuelanos que vive na Espanha. Nesta terça-feira, 10 de setembro, às 18h, na Plaza de las Cortes, em Madri, TODOS UNIDOS! Vamos reivindicar o mandato de 28 de julho!! Superamos todos os obstáculos para chegar até aqui e continuaremos fazendo isso ATÉ O FIM! Faremos valer a Soberania Popular e a verdade”, escreveu Machado em um post feito no seu perfil na rede social X. A postagem foi acessada pela Gazeta do Povo a partir de uma conexão de fora do Brasil.
“Nesta terça-feira, toda a Venezuela se une em Madri!!”, reiterou Corina Machado.
Em um vídeo que foi publicado junto ao texto, Corina Machado diz que todos os venezuelanos devem “continuar avançando até que o mundo inteiro reconheça Edmundo González Urrutia como presidente eleito".
"Hoje, mais do que nunca, estamos unidos e determinados a seguir em frente. Superamos todos os obstáculos, todas as provações, estamos juntos e conseguiremos a libertação da Venezuela e o retorno de nossos filhos para casa”, disse Corina Machado.
A convocação para o protesto, que deverá ocorrer em frente ao Congresso dos Deputados da Espanha, ocorre após González ter sido obrigado a deixar a Venezuela neste final de semana. O opositor foi alvo da repressão chavista e estava sob mandado de prisão arbitrário após vence, segundo atas reconhecidas pelos EUA, o ditador Nicolás Maduro nas eleições de julho.
A manifestação coincidirá com a votação de uma proposta não legislativa do principal partido de oposição ao atual governo espanhol, o Partido Popular (PP), de direita, que insta o Executivo do socialista Pedro Sánchez a reconhecer González como vencedor das eleições venezuelanas.
Na manifestação, os venezuelanos devem defender o fim da repressão contra os protestos que ocorrem no país, a libertação dos presos políticos e a contribuição internacional para a segurança pessoal de Corina Machado e González, que ainda deve ser empossado como presidente da Venezuela no dia 10 de janeiro de 2025, data em que Maduro planeja também tomar posse para um “terceiro mandado” após fraudar a disputa eleitoral.