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María Corina Machado, líder opositora venezuelana, criticou os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, por continuarem insistindo na solicitação das atas eleitorais do pleito presidencial de 28 de julho, que foi fraudado na Venezuela. Segundo Machado, essa postura de ambos os líderes é "absurda" e não trará resultados, pois o regime de Nicolás Maduro não tem intenção de entregar tais documentos.
Em uma entrevista à rádio colombiana Blu Radio, nesta terça-feira (22), Machado destacou que já se passaram três meses desde as eleições e que é a oposição quem possui os exemplares originais das atas eleitorais, os quais "o mundo já conhece". Ela ainda reforçou que "não há nada mais a esperar" e que é irrealista continuar pressionando por algo que o regime não irá fornecer.
Corina Machado também questionou a neutralidade que os presidentes Lula e Petro tentam manter, sugerindo que, apesar de seus esforços para manter uma interlocução com o regime de Maduro, "nem sequer lhes atendem o telefone".
Tanto o Brasil quanto a Colômbia, junto com o México, têm tentado mediar a crise política venezuelana, sem reconhecer a “reeleição” do ditador Maduro, mas também sem apoiar explicitamente o candidato oposicionista Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha, nem os resultados apresentados pela Plataforma Unitária Democrática (PUD), maior bloco de oposição.