Corina Machado teve sua inabilitação confirmada pelo Supremo da Venezuela nesta sexta (26)| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez
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María Corina Machado, candidata da oposição venezuelana, reagiu nesta sexta-feira (26) à decisão do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela de confirmar sua inabilitação política por 15 anos, o que pode impedir sua participação nas eleições presidenciais marcadas para ocorrer este ano

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Em uma mensagem publicada em sua conta no X (antigo Twitter), Machado afirmou que o regime de Nicolás Maduro decidiu acabar com o Acordo de Barbados, assinado no ano passado, que previa garantias para a realização de um pleito “livre e limpo”, com a presença de observadores internacionais.

“O regime decidiu acabar com o Acordo de Barbados. O que não acaba é a nossa luta pela conquista da democracia através de eleições livres e limpas. Maduro e seu sistema criminoso escolheram o pior caminho para eles: eleições fraudulentas. Isso não vai acontecer. Que ninguém duvide, isso é até o final”, escreveu Machado, que foi a candidata mais votada em uma eleição primária realizada pela oposição no final do ano passado.

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Machado foi escolhida nas primárias como a representante da Plataforma Unitária Democrática (PUD), a coalizão de partidos opositores do chavismo, que denunciou as inabilitações políticas como "medidas arbitrárias e ilegais" para impedir a participação de seus representantes nas eleições.

Além de Machado, o Supremo da Venezuela, que é alinhado ao regime de Maduro, também ratificou a inabilitação do ex-candidato presidencial e ex-governador de Miranda Henrique Capriles, outro opositor de Maduro.

A decisão do TSJ ocorreu um dia depois do líder chavista afirmar que o acordo feito com a oposição sobre as eleições presidenciais foi "mortalmente ferido" após seu procurador-geral, Tarek Saab, dizer que havia prendido mais de 20 pessoas, entre elas opositores, sob a acusação de que estariam envolvidos em supostos planos descobertos para assassinar Maduro.

O Acordo de Barbados, que foi mediado pela Noruega e assinado em 17 de outubro de 2023, estabelecia que as eleições presidenciais venezuelanas deveriam ser acompanhadas por observadores de missões técnicas da União Europeia (UE), da Organização das Nações Unidas (ONU) e de outras entidades internacionais. Ele também falava sobre o fim das inabilitações políticas, segundo a PUD.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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