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María Corina rebate Lula, Petro e Biden e descarta nova eleição na Venezuela: “Insulto”

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, durante manifestação em Caracas em 3 de agosto (Foto: EFE/Ronald Peña R.)

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A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, criticou nesta quinta-feira (15) a ideia de uma nova eleição no país, defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apoiada pelo colombiano Gustavo Petro e pelo americano Joe Biden.

“Eu lhes pergunto: há uma segunda eleição e se não gostarem do resultado, o que acontece? Vamos para uma terceira? Para uma quarta? Para uma quinta? Até [o ditador Nicolás] Maduro gostar dos resultados? Vocês aceitariam isso em seus países?”, disse Machado numa coletiva de imprensa via Zoom com meios de comunicação da Argentina e do Chile, segundo informações do jornal argentino La Nacion.

“Fomos a uma eleição com as regras da tirania. Muitas pessoas me disseram que éramos loucos, que iria haver uma fraude monumental que não conseguiríamos provar. Confiamos na organização cidadã e teve gente que arriscou suas vidas, suas famílias, suas casas, e outros foram assassinados ou hoje estão presos ou tiveram que fugir do país”, disse a líder opositora.

“Propor ignorar o que aconteceu em 28 de julho [data da eleição] é um insulto ao povo venezuelano. As eleições já aconteceram”, disparou.

No dia seguinte à eleição, que o chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) diz ter sido vencida por Maduro, a oposição disponibilizou num site cópias de mais de 80% das atas de votação, que comprovam a vitória do seu candidato, Edmundo González.

O CNE, por ora, não divulgou as suas atas que, segundo alega, comprovariam a vitória de Maduro. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, também controlado pelo chavismo, vai revisar o resultado.

Numa entrevista a uma rádio de Curitiba nesta quinta-feira, Lula sugeriu a criação de um governo de coalizão na Venezuela e que Maduro convoque novas eleições.

Petro defendeu as mesmas medidas numa postagem no X e Biden disse apoiar uma nova eleição na Venezuela numa rápida conversa com jornalistas em Washington.

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