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Venezuela

María Corina oferece “salvo-conduto” para Maduro deixar o poder

Líder da oposição da Venezuela disse que Maduro perdeu “completamente a legitimidade” e propôs uma transição de poder com garantias para o ditador (Foto: EFE/Henry Chirinos)

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A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, ofereceu “salvos-condutos” para o ditador Nicolás Maduro deixar o poder.

Em entrevista à agência France-Presse (AFP), Machado propôs uma “negociação para a transição democrática”, que “inclui garantias, salvos-condutos e incentivos para as partes envolvidas, neste caso, o regime que foi derrotado nas eleições presidenciais”.

Após a eleição de 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado pelo chavismo, apontou que Maduro venceu o pleito, mas não divulgou as atas de votação por seção eleitoral.

A oposição disponibilizou num site pouco mais de 80% das cópias das atas, que atestam que seu candidato, Edmundo González, venceu a eleição.

“Estamos determinados a avançar numa negociação. Será um processo de transição complexo e delicado, no qual uniremos toda a nação”, disse Machado na entrevista à AFP.

“Maduro perdeu completamente, absolutamente, a legitimidade. Todos os venezuelanos e o mundo sabem que Edmundo González venceu de forma esmagadora e que Maduro pretende impor a maior fraude da história deste país. Mas não vai conseguir”, acrescentou.

A Procuradoria-Geral da Venezuela, também controlada pelo chavismo, anunciou nesta semana a abertura de uma investigação criminal contra a oposição, sob a alegação de que as atas divulgadas no site seriam falsificações.

O CNE enviou ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) as atas de votação que teriam dado a vitória a Maduro. Caberá à corte revisar o resultado, mas há pouca esperança de um desfecho imparcial, porque a presidente do tribunal, a juíza Caryslia Rodríguez, também é chavista.

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