O líder do conservador Partido Popular (PP), Mariano Rajoy, tomou posse nesta quarta-feira (21) como primeiro-ministro espanhol após jurar o cargo diante do rei Juan Carlos e outras autoridades do país.
O novo chefe do Executivo, o sexto da etapa democrática espanhola, jurou seu cargo sobre uma bíblia diante dos reis da Espanha, Juan Carlos I e Sofía, e na presença dos presidentes do Congresso dos Deputados e do Senado e de seu antecessor, José Luis Rodríguez Zapatero.
Rajoy anunciará nesta quarta a composição de seu governo, que deverá ser mais reduzido, com menos ministérios, e sobre o qual manteve um absoluto sigilo.
O novo primeiro-ministro espanhol foi eleito na terça-feira no Congresso dos Deputados por 187 votos a favor, 149 contra e 14 abstenções, contando com um apoio de maioria absoluta dos 185 parlamentares de seu partido e mais dois legisladores de formações próximas ao PP.
Rajoy assume o cargo em um momento de profunda crise econômica, com alto índice de desemprego - 23% - e fortes pressões dos mercados financeiros sobre a dívida soberana da Espanha nos últimos meses, que encarecem o financiamento do país.
Em seu discurso de posse, Rajoy antecipou que a etapa que se inicia será de austeridade e mais ajustes, com um compromisso de cortar o déficit público em 2012 em 16,5 bilhões de euros para cumprir o limite fixado de 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
No entanto, Rajoy não especificou quais verbas serão afetadas nessa redução, mas antecipou que a única que terá um aumento será a destinada à previdência.
"Todas as outras verbas passarão por uma revisão" advertiu.
Para o governo, que terá a missão de tirar o país da crise, já é dado como certo que Soraya Sáenz de Santamaría, a ex-porta-voz parlamentar do PP, de 40 anos e muito próxima a Rajoy, terá um importante cargo, que a maioria das apostas aponta como a vice-presidência.
Outros nomes mencionados são os de Alberto Ruiz Gallardón, prefeito de Madri; Cristóbal Montoro, ministro da Fazenda e secretário de Estado da Economia com José María Aznar; e Miguel Arias Cañete, ex-ministro de Agricultura e ex-eurodeputado.
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