O marido da governadora do Alasca e candidata republicana a vice-presidente dos Estados Unidos, Sarah Palin, decidiu ignorar uma intimação para depor num inquérito parlamentar que apura um eventual abuso de poder dela na demissão de um secretário, disseram assessores de campanha na quinta-feira.
Todd Palin e vários funcionários do governo estadual estão entre as 13 pessoas intimadas a depor na sexta-feira. O marido da governadora disse que não irá por entender que a CPI tem motivação política, segundo os assessores partidários de Palin.
"As objeções se devem ao fato de que a investigação da Assembléia Legislativa não é mais uma investigação legítima, porque foi sujeitada a uma completa partidarização", disse o porta-voz Ed O'Callaghan.
O plenário da Assembléia, que só deve voltar a se reunir em janeiro, pode indiciar Todd Palin por ignorar a intimação.
O'Callaghan, ex-procurador federal que está no Alasca para prestar consultoria no caso, argumenta que defensores da candidatura do democrata Barack Obama à Presidência estão controlando a CPI.
Palin é acusada de ter demitido o seu secretário de Segurança Pública Walt Monegan porque ele se recusou a afastar um policial envolvido num divórcio litigioso com a irmã da governadora.
"Ninguém está acima da lei", disse o senador estadual democrata Bill Wielechowski. "Só porque você é marido de alguém que esteja concorrendo a vice-presidente não significa que você pode zombar da lei."
A criação da CPI havia sido autorizada unanimemente por parlamentares de ambos os partidos, e na época a governadora prometeu apoio total à investigação.
Alguns membros republicanos da comissão sugeriram que o inquérito seja adiado para depois da eleição presidencial de 4 de novembro. Nesta semana, cinco parlamentares ligados a Palin foram à Justiça para tentar parar a CPI.
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