A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, obteve o apoio de 500 prefeitos franceses exigido para os candidatos à eleição presidencial da França. O anúncio foi feito pela própria política. Ela tinha até sexta-feira para apresentar a lista de nomes e oficializar sua candidatura.
"Tenho as 500 assinaturas e, portanto, serei candidata na eleição presidencial", afirmou Marine Le Pen.
O fato de Marine reunir o apoio necessário pode abalar a corrida eleitoral. Apesar de aparecer em terceiro lugar, a líder da extrema-direita pode dividir o eleitorado conservador e tirar votos do presidente Nicolas Sarkozy. O candidato à reeleição apareceu pela primeira vez na frente do socialista François Hollande, apontado como favorito, em sondagem do Instituto Ifop/Fiducial divulgada na segunda-feira.
Caristmática e polêmica, Marine Le Pen ganhou força na política francesa após assumir desde que assumiu a liderança da Frente Nacional de seu pai, Jean-Marie Le Pen, em janeiro de 2011. A ex-advogada mantém o foco tradicional de seu partido anti-imigraçãomas incluiu na agenda partidário uma campanha para a França sair do euro e erguer barreiras protecionistas. Ela vai realizar uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira para anunciar que está formalmente na corrida eleitoral. No Twitter, ela agradeceu o apoio dos 500 prefeitos e de simpatizantes.
Sarkozy passou Hollande pela primeira vez em uma pesquisa de opinião, mas ainda perde na simulação de um segundo turno. A pesquisa da Ifop/Fiducial coloca o presidente com 28,5% dos votos no primeiro turno em 22 de abril, acima dos 27% no final de fevereiro. O apoio a Hollande caiu de 28,5% para 27%, segundo a enquete..
Em outras pesquisas recentes Hollande tem entre 28% e 29% das intenções de voto, enquanto Sarkozy aparece entre 27% e 28% no primeiro turno, com Marine Le Pen com cerca de 16%, tendo perdido vários pontos nas últimas semanas. O centrista François Bayrou está em quarto lugar com 12%.
Em janeiro, Marine estava a apenas dois pontos percentuais atrás de Sarkozy nas pesquisas, reavivando lembranças da eleição de 2002, quando seu pai foi ao segundo turno contra Jacques Chirac.