Um pescador indiano foi morto e três outros ficaram feridos nesta segunda-feira (16) quando um barco da Marinha americana abriu fogo contra um pequeno pesqueiro no litoral de Dubai, no sul do Golfo Pérsico, informaram as autoridades dos Emirados Árabes.

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Oficiais americanos afirmaram que a embarcação a motor ignorou os avisos para que não se aproximasse do navio USNS Rappahannock, o que fez com que a tripulação se sentisse ameaçada.

"Desde o ano 2000, vínhamos nos preocupando com pequenas embarcações", indicou um oficial da Defesa em Washington à AFP, ao mencionar o ano de uma ação terrorista contra o destróier USS Cole no porto de Aden, no Iêmen.

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Em outubro de 2000, 17 membros da Marinha americana foram mortos por um ataque a bomba no porto de Aden. A Al-Qaeda reivindicou a responsabilidade pela ação.

Um comunicado da V Frota dos Estados Unidos, que tem sua base em Bahrein e alerta sobre possíveis ações iranianas nas águas do Golfo, disse que a tripulação abriu fogo contra o pesqueiro como último recurso.

"A tripulação americana tentou em reiteradas oportunidades avisar a quem conduzia o barco que se afastasse", afirma o comunicado.

"O USNS Rappahannock usou uma série de meios não-letais e planejados para alertar a embarcação antes de apelar para a força", acrescentou.

"Ao fracassar os esforços para impedir que o barco continuasse se aproximando, a equipe de segurança do Rappahannock disparou projéteis de 50 milímetros com uma metralhadora", relatou.

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A Marinha americana reforçou sua presença nos últimos meses no Golfo, ao qual tem acesso pelo estratégico Estreito de Ormuz, para enfrentar uma eventual crise com o Irã, que dispõe de inúmeras pequenas embarcações rápidas dotadas de lança-mísseis.

Teerã ameaçou fechar o Estreito de Hormuz, ao sul do Golfo, se as sanções internacionais aumentassem, interrompendo o tráfego de navios que fazem a distribuição do petróleo no mundo pela passagem.

Washington enviou dois porta-aviões para a região --o USS Abraham Lincoln e o USS Enterprise -- e dobrou de quatro para oito sua frota de caça-minas na área em 23 de junho.

Nesta segunda-feira, o Pentágono confirmou a implantação de um grupo liderado pelo porta-aviões USS John-Stennis, a fim de reforçar ainda mais sua presença na região.

Foi aberta uma investigação sobre o incidente, informou o Pentágono.

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