O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos| Foto: Wikimedia Commons
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Dois marinheiros da Marinha dos Estados Unidos foram indiciados e presos sob acusação de compartilhar informações militares confidenciais com oficiais de inteligência da China.

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Jinchao Wei e o suboficial Wenheng Zhao foram detidos em uma operação motivada pelas crescentes preocupações sobre espionagem e ações de agentes estrangeiros dentro das fileiras militares dos EUA.

Jinchao Wei, que serviu como ajudante de maquinista no porta-avião USS Essex, foi preso na Base Naval de San Diego, uma das maiores instalações da Marinha no Pacífico, nesta quarta-feira (2).

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De acordo com as acusações, Wei estabeleceu um relacionamento com um oficial de inteligência chinês a partir de fevereiro de 2022 e compartilhou fotos, vídeos e manuais técnicos dos navios da Marinha em troca de pagamentos. Essas informações incluíam detalhes sobre layouts e sistemas de armas dos navios. Ele teria recebido milhares de dólares como parte do acordo.

A acusação aponta que Wei conseguiu acessar informações confidenciais armazenadas em sistemas de computador da Marinha, devido à sua habilitação de segurança. Durante o período em que compartilhava as informações, Wei obteve a cidadania americana, e o oficial de inteligência chinês o parabenizou por isso.

Por sua vez, o suboficial Wenheng Zhao, que trabalhava na Base Naval do Condado de Ventura, na Califórnia, é acusado de fornecer informações militares confidenciais dos EUA a um oficial de inteligência chinês disfarçado como pesquisador econômico marítimo.

Zhao também foi preso na quarta-feira e era responsável pela instalação e manutenção de equipamentos elétricos em instalações militares. Ele também tinha autorização de segurança e é acusado de ter fornecido fotos de telas de computador que mostravam ordens operacionais de exercícios militares e projetos de sistemas de radar dos EUA estacionados em Okinawa, no Japão.

As prisões de Wei e Zhao vêm à tona em meio a preocupações crescentes sobre atividades de espionagem e avanços estratégicos da China em relação aos Estados Unidos. Autoridades do Departamento de Justiça destacaram a gravidade das ações dos marinheiros.

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"Eles são acusados ​​de violar os compromissos que assumiram para proteger os Estados Unidos e trair a confiança pública, em benefício do governo da RPC [República Popular da China]", disse o procurador-geral adjunto da divisão de Segurança Interna do Departamento de Justiça, Matthew G. Olsen, em uma coletiva de imprensa.

O porta-voz militar, general Patrick Ryder, se recusou a comentar especificamente sobre essas prisões, mas enfatizou a existência de políticas e procedimentos claros para proteção de informações confidenciais dentro das forças armadas. Ele também indicou que análises estão em andamento para reforçar ainda mais esses controles.

Essas detenções são o terceiro caso de grande repercussão neste ano em que membros das forças armadas dos EUA foram presos sob acusação de espionagem.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]