Ouça este conteúdo
O ministro da Economia da Argentina e candidato presidencial, o peronista Sergio Massa, disse neste domingo (24) que, se vencer as eleições e assumir a chefia executiva no primeiro ou segundo turno, constituirá um “governo de unidade nacional”, convocando membros de outras forças políticas.
“Quero assumir um compromisso: no dia 10 de dezembro, pelo menos, quando eu começar a presidir a Argentina, ninguém deve se surpreender com o fato de haver pessoas de outras forças políticas formando nosso governo. Vamos buscar um governo de unidade, porque todos pertencemos à Argentina”, afirmou Massa.
O ministro fez a declaração em um evento realizado na província de Salta, no norte do país, para chegar a acordos sobre questões energéticas com governadores de dez províncias da região, entre eles líderes provinciais que pertencem a partidos da oposição.
Massa destacou o “gesto enorme e inestimável” destes governadores que, apesar das diferentes forças políticas, “conseguiram mostrar à Argentina que se pode constituir uma unidade nacional, que podem ser construídos acordos que ultrapassam as diferenças”.
O presidenciável, que foi o segundo candidato mais votado nas primárias de agosto, atrás apenas do libertário Javier Milei, também se comprometeu com governadores a enviar ao Parlamento um adendo ao projeto de Orçamento 2024, para incluir um mecanismo que compense as províncias com a arrecadação de impostos.
Isto porque Massa excluiu recentemente milhares de trabalhadores do pagamento do imposto sobre o rendimento e decidiu devolver a grandes setores da população o que pagaram em impostos sobre benefícios básicos, duas medidas que procuram mitigar a perda de rendimento de subsistência devido aos efeitos da alta inflação na Argentina.
No entanto, as medidas implicam em uma redução do volume de impostos arrecadados pelo Tesouro Nacional e que, por lei, devem ser distribuídos às províncias.
Por isso, Massa afirmou neste domingo (24) aos governadores que promoverá um mecanismo para redistribuir parte do que é arrecadado como imposto sobre cheques chamado “imposto país”.