Cristina Kirchner e Sergio Massa em 2008, quando ela era presidente e ele, chefe do Gabinete de Ministros| Foto: EFE/Cézaro De Luca
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Candidato governista à presidência da Argentina, o ministro da Economia, Sergio Massa, tenta se descolar da vice-presidente e ex-presidente Cristina Kirchner, desgastada pelos anos de fiasco econômico do peronismo e por uma condenação por corrupção, no final do ano passado.

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Em entrevista ao canal LN+ no domingo (5), Massa afirmou que Kirchner não terá qualquer participação no seu governo caso ele seja eleito no segundo turno, no próximo dia 19 – seu adversário será o libertário Javier Milei.

“Cristina não vai ter influência no meu governo. A partir de 10 de dezembro [data da posse], serei eu quem tomará as rédeas do Estado”, disse.

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Em dezembro do ano passado, Cristina Kirchner foi condenada a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos por irregularidades na concessão de 51 obras públicas ao empresário Lázaro Báez na província de Santa Cruz, berço político do kirchnerismo, durante as presidências do falecido Néstor Kirchner (2003-2007) e de Cristina (2007-2015).

Na entrevista ao LN+, Massa disse que não coloca “a mão no fogo por ninguém” quando perguntado sobre o caso. “Cristina está deixando a vida pública, de ser vice-presidente e não vai ter cargos públicos. Não vai se meter em nada, como não se meteu este ano em meu trabalho no ministério”, afirmou o ministro.

Massa desconversou quando perguntado sobre um processo de impeachment contra ministros da Suprema Corte que tramita no Congresso argentino, impulsionado por parlamentares kirchneristas. “Não li os argumentos do processo”, disse.

O atual ministro da Economia foi chefe do Gabinete de Ministros entre 2008 e 2009, quando Cristina Kirchner era presidente, mas após sua saída, começou a criticar a corrupção na administração peronista, postura que manteve na eleição presidencial de 2015, quando foi o terceiro colocado.

Entretanto, nos últimos anos, voltou a se reaproximar do peronismo, a ponto de ser o candidato do movimento político para a presidência argentina mesmo com o país enfrentando uma inflação que chegou a 138,3% em setembro no acumulado em 12 meses.

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Quando Massa assumiu o Ministério da Economia, em agosto do ano passado, o índice interanual estava em 64%.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]