Beirute Os libaneses estão em estado de choque após as cenas terríveis registradas em fotos e pela televisão de crianças mortas sendo removidas dos escombros na cidade de Qana, no sul do país. A ofensiva israelense matou perto de 60 civis 37 crianças.
"As cenas são chocantes... Isto é crime de guerra", gritou uma mulher que estava entre os cerca de 4 mil manifestantes que protestaram no escritório das Nações Unidas, no centro de Beirute. "Nossas crianças estão morrendo e a comunidade internacional só fica assistindo elas morrerem. Pelo amor de Deus, são crianças!"
Manifestantes indignados, a maioria pertencente ao grupo militante xiita Hezbollah, conseguiram romper o cordão de segurança em volta do prédio da ONU no centro de Beirute e invadiram o local. Eles quebraram janelas com bastões e avariaram os elevadores em protesto contra o que descreveram como "um crime contra mulheres e crianças".
O ex-delegado Nasser kandil, que estava entre os manifestantes, disse que "as pessoas estão furiosas". "Esta é a forma pela qual os Estados Unidos querem introduzir um novo Oriente Medio: matando nossas crianças".
Foi o segundo "massacre" de Qana realizado pelo Exército israelense. Em 1996, quando Israel realizou outra ofensiva contra o Hezbollah, chamada de "Vinhas da Ira", uma bomba atingiu um abrigo das Nações Unidas, matando 109 civis libaneses.
"Na época, os israelenses disseram que o Hezbolah estava disparando katyushas de perto daquele local. E agora? As crianças estavam disparando mísseis?", perguntou o presidente libanês Emile Lahoud. "Isto mostra simplesmente que Israel não sabe diferenciar civis inocentes de alvos militares", acrescentou.
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