Alunas reagem após massacre na escola secundária Marjory Stoneman Douglas em Parkland, Flórida, cidade a cerca de 80 km ao norte de Miami, em 14 de fevereiro de 2018.| Foto: MICHELE EVE SANDBERG/AFP

Autoridades afirmaram que houve um tiroteio em uma escola secundária da Flórida na tarde desta quarta-feira (14). O atirador fugiu do local, mas já foi capturado pela polícia. Ele tem 19 anos, se chama Nicolas Cruz e seria um ex-aluno. As primeiras informações oficiais falam em 17 mortos

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Quinze morreram no local, e dois no hospital. Outras 14 pessoas foram hospitalizadas com ferimentos. 

O consulado do Brasil em Miami informou que brasileiros estudam na escola, mas nenhum está entre as vítimas. 

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Um estudante disse à Fox News que Cruz era um "aluno problema". "Todo mundo previu isso", afirmou.

Vídeo da cena mostrou policiais cercando o prédio e os estudantes rapidamente se afastando da escola secundária Marjory Stoneman Douglas em Parkland, Flórida, cidade a noroeste de Fort Lauderdale. As redes de TV também filmaram pessoas sendo transportadas em macas, embora suas condições não fossem claras. 

A polícia da cidade vizinha Coral Springs, que também respondeu ao incidente, pediu em um tweet para que estudantes e professores continuassem dentro da escola. 

"Estudantes / Professores #Douglas High School permaneçam seguros até que a polícia chegue". 

Estudante reage, em choque, enquanto dá um depoimento a uma repórter de televisão na escola secundária Marjory Stoneman Douglas em Parkland, Flórida, cidade cerca de 50 quilômetros a norte de Miami, em 14 de fevereiro de 2018, após massacre que deixou 17 mortos na escola.
Estudantes em choque após o tiroteio na escola secundária Marjory Stoneman Douglas em Parkland, Flórida, cidade a cerca de 80 quilômetros ao norte de Miami, em 14 de fevereiro de 2018. Um ex-aluno armado com um rifle AR-15 abriu fogo, matando pelo menos 17 pessoas, disseram autoridades. O xerife do condado de Broward, Scott Israel, identificou o atirador como Nikolas Cruz, 19, um ex-aluno da Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland, que havia sido expulso por
Estudante usa adesivo dos dias dos Namorados (nos EUA a data é comemorada no dia 14 de fevereiro) enquanto deixa a escola secundária Marjory Stoneman Douglas
Estudantes deixam as instalações da escola secundária Marjory Stoneman Douglas
A oficial de informação pública do escritório do xerife do condado de Broward, Keyla Concepcion, aborda a mídia após o tiroteio na escola secundária Marjory Stoneman Douglas em Parkland, Flórida, uma cidade a cerca de 80 quilômetros a norte de Miami, em 14 de fevereiro de 2018. Um ex-aluno armado com um rifle AR-15 abriu fogo, matando pelo menos 17 pessoas, disseram autoridades. O xerife do condado de Broward, Scott Israel, identificou o atirador como Nikolas Cruz, 19, um ex-aluno da Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland, que havia sido expulso por

O governador Rick Scott (Republicano), disse que foi informado pelo xerife do Condado de Broward, bem como pelo superintendente da escola do condado. A Casa Branca também disse que o presidente havia sido informado sobre o tiroteio.

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"Uma estudante disse à minha filha que viu corpos por todo o lado e sangue por todo o lado", afirmou à CNN Caesar Figueroa, pai de aluna. 

A escola, que abriu no início dos anos 90, teve mais de 3.000 alunos no ano letivo 2015-2016, de acordo com informações do governo federal. 

Parkland, com 31 mil habitantes, fica entre as cidades de Boca Raton e Fort Lauderdale, destino de migrantes brasileiros de todos os estratos sociais, 20 km continente adentro. A Flórida reúne a terceira maior comunidade brasileira nos EUA, de 250 mil pessoas. 

O incidente ocorreu no horário de saída do colégio, pouco antes das 15h (18h de Brasília). O atirador foi detido na cidade vizinha de Coral Springs, onde se entregou. 

"É catastrófico. Realmente não há palavras", afirmou o xerife Scott Israel. 

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Armário 

A filha de Figueroa se refugiou em um armário com outros dez estudante, depois que ouviu tiros e um vidro da sala de aula se quebrar, segundo contou seu pai à CNN. A professora Melissa Falkoswki também se abrigou num armário, com outros alunos, e disse que viu pelo menos três corpos na saída da escola. "A nossa inépcia em resolver esse problema é inaceitável. A nossa sociedade falhou com essas pessoas hoje", afirmou ela à CNN. 

"Achei que fosse um treinamento de incêndio", contou Ryan Gott, 15. Segundo alguns relatos, o atirador teria acionado o alarme para provocar confusão. 

Parte dos estudantes se abrigou num supermercado em frente ao colégio. A Marjory Stoneman Douglas realiza treinamentos para ataques a tiros e situações de emergência, segundo pais e alunos -um deles em janeiro. 

O governador da Flórida, o republicano Rick Scott, falou por telefone com o presidente Donald Trump, que acompanhava o caso. "Nenhuma criança, professor ou qualquer pessoa deveria se sentir insegura em uma escola americana", disse Trump. Ele ofereceu assistência federal. 

O incidente mais recente do tipo nos EUA ocorreu há 22 dias em uma escola de Benton, no Kentucky. Dois estudantes foram mortos.

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Os ataques mais mortais da história americana moderna: 

1. Las Vegas, outubro de 2017: atirador mata 59 pessoas e fere 527 após abrir fogo contra uma multidão presente em um festival de música country. 

2. Boate Pulse, junho de 2016: atirador mata 49 pessoas e deixa mais de 50 feridos em uma boate gay. 

3. Campus Blacksburg, da Universidade Técnica da Virgínia, abril de 2007: 32 pessoas foram mortas pelo atirador e 17 ficaram feridas. 

4. Escola primária Sandy Hook, dezembro de 2012: 26 pessoas foram mortas pelo atirador, incluindo crianças que estudavam na escola. 

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5. Igreja Batista no Texas, novembro de 2017: ao menos 26 pessoas perderam a vida e cerca de 20 ficaram feridos após o atirador abrir fogo contra elas durantes a reunião religiosa. 

6. Cafeteria da rede Lubys, outubro de 1991: atirador mata 23 em um restaurante. 

7. Lanchonete McDonald’s em San Diego, julho de 1984: 21 pessoas morreram no local. 

8. Escola secundária Marjory Stoneman Douglas em Parkland, Flórida. Suspeito matou 17 pessoas.

9. Universidade do Texas, agosto de 1966: da torre da universidade, atirador abriu fogo contra o campus deixando 16 pessoas mortas. 

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10. San Bernardino, Califórnia, dezembro de 2015: um homem e uma mulher abriram fogo contra um centro de assistência a portadores de deficiência. 14 pessoas foram mortas e 21 ficaram feridas. 

11. Posto dos Correios em Oklahoma, agosto de 1986: um carteiro americano que foi ameaçado de ser demitido, mata a tiros 14 pessoas num posto dos Correios em Edmond, Oklahoma. 

12. Base militar americana de Fort Hood, novembro de 2009: a base, usada para treinamento das tropas enviadas ao Iraque e Afeganistão, foi alvo de um tiroteio que deixou ao menos 12 mortos e 31 feridos. 

13. Columbine High School, abril de 1999: dois adolescentes invadiram a escola a abriram fogo contra estudantes e funcionários. Eles deixaram 13 mortos. 

14. Prédio da Associação Cívica Americana, abril de 2009: um homem armado invadiu o prédio na cidade de Binghamton e manteve reféns durante cerca de cinco horas. O triste saldo final foi de 13 moradores mortos no centro comunitário para imigrantes. 

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15. Camden, Nova Jersey, setembro de 1949: atirador matou 13 pessoas que estavam nas ruas e outras no local de trabalho. 

16. Wilkes-Barre, Pensilvânia, setembro de 1982: 13 pessoas, a maioria com algum grau de parentesco, foram mortas pelo atirador. 

17. Seattle, Washington, fevereiro de 1983: 13 pessoas foram mortas em um clube de jogos em Chinatown. 

18. Cinema na cidade de Aurora, Colorado, julho de 2012: atirador matou 12 e feriu 50 em uma sessão de cinema na cidade de Aurora. 

19. Base da Marinha dos EUA, Washigton, setembro de 2013: homem abre fogo contra funcionários que estavam dentro do prédio militar; 12 foram mortos.

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"A probabilidade é que qualquer novo incidente terá mais mortes do que os episódios anteriores."

Publicado por Ideias em Segunda, 2 de outubro de 2017