Connecticut não exige permissão para posse de armas
O estado de Connecticut, onde nesta sexta-feira um tiroteio em uma escola na cidade de Newtown matou 27 pessoas, entre elas 20 crianças, não exige nenhum tipo de permissão oficial para a posse de rifles ou pistolas, e só requer que o dono seja maior de 21 anos.
Polícia corrige identidade do suposto autor do massacre
Um suposto atirador, de 20 anos, Adam Lanza, invadiu uma escola primária na manhã desta sexta-feira (14) na pequena cidade de Newtown no Estado de Connecticut (região da Nova Inglaterra, EUA), e matou pelo menos 27 pessoas, das quais 20 eram crianças pequenas.
Inicialmente, a polícia havia informado que o suspeito chamava-se Ryan Lanza, de 24 anos, que, na verdade, é irmão do atirador morto.
Relembre outros ataques ocorridos nos EUA
De maio de 1998 a dezembro deste ano, foram 44 atentados nos Estados Unidos.
Desesperados, pais buscam informações
Uma dezena de viaturas, muitos policiais e vários carros de pais de alunos que buscavam por informações sobre seus filhos: este era o cenário em frente à escola primária Sandy Hook, em Newtown, no final da manhã desta sexta-feira (14).
A cidade, que fica no estado de Connecticut, nos EUA, viveu uma tragédia sem precedentes na região. Segundo relatos do jornal local The Newtown Bee, houve muito desespero por conta da tragédia. "Quem faria isso? Que tipo de pessoa faria isso?", berrava um rapaz em frente à escolar, Segundo descrição do jornal.
Parentes e curiosos se aglomeravam nas imediações da escola em busca de informações, enquanto os alunos eram retirados em grupos, sempre acompanhados por um adulto alguns grupos, inclusive, eram escoltados por policiais a cavalo.
Enquanto isso, um centro de operações foi montado junto à escola para dar apoio às vítimas e orientar os trabalhos.
Um atirador de 20 anos, Adam Lanza, invadiu uma escola primária na manhã desta sexta-feira (14) na pequena cidade de Newtown, no Estado de Connecticut (região da Nova Inglaterra, EUA), e matou pelo menos 27 pessoas - incluindo ele mesmo -, das quais 20 eram crianças - com idades entre cinco e dez anos.
Esta foi a pior matança ocorrida em uma escola nos Estados Unidos, superando em número de vítimas a chacina de Columbine, que aconteceu em 1999. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama disse que as matanças estão se repetindo nas escolas norte-americanas e que são necessárias ações para evitar que massacres ocorram no futuro.
Veja imagens da tragédia em Newtown
Obama se emociona ao falar do massacre em Newton
Inicialmente, a polícia havia divulgado que o nome do atirador era Ryan Lanza, de 24 anos, que na verdade é irmão do atirador morto. Leia matéria completa.
"Nossos corações estão despedaçados hoje", disse Obama, visivelmente emocionado. "Como país, estamos vendo esses eventos trágicos se repetirem cada vez mais. Seja em uma escola primária em Newtown, em um shopping center no Oregon, em um templo no Wisconsin, ou em um cinema em Aurora - esses lugares são bairros da América, e essas crianças são nossas. Precisamos nos juntar e tomar ações significativas para evitar outras tragédias como essa", disse Obama. "Espero que Deus abençoe a memória das vítimas e, nas palavras da Escritura, cure as feridas", disse Obama.
Pouco antes do discurso, Obama decretou luto nacional e ordenou que as bandeiras norte-americanas permaneçam hasteadas a meio mastro até a próxima terça-feira.
O policial disse que a mãe de Adam Lanza, Nancy Lanza, trabalhava como professora na escola. Ele também disse que a namorada de Adam Lança e outro amigo estão desaparecidos no Estado de Nova Jersey.
A polícia estadual de Connecticut disse que apenas estudantes, professores e funcionários da escola primária Sandy Hook foram chacinados. No massacre de Columbine, em 1999, 15 pessoas foram mortas em uma escola, por dois atiradores. Na matança da universidade Virginia Tech, em 2007, foram mortas 32 pessoas.
Mas dessa vez, em Newtown, pais angustiados ficaram aglomerados na frente da escola, enquanto esperavam para ter notícias sobre os filhos. Aparentemente, Lanza usou duas armas para realizar a matança: uma pistola automática e um rifle de assalto de calibre 223, uma arma de combate normalmente usada por soldados.
Robert Licata disse que seu filho de seis anos estava na sala de aula quando Adam Lanza entrou atirando e matou a professora. "Foi quando meu filho pegou as mãos de alguns coleguinhas e levou eles para fora da sala", ele disse. "Ele foi muito corajoso. Ele esperou que seus colegas saíssem", disse. Licata disse que Lanza matou a professora, não disse nenhuma palavra e depois saiu da sala.
Choque
O caso preocupou pais de alunos e moradores de Newtown, cidade de 25 mil habitantes que fica a 120 km de Nova York. Em entrevista ao canal CBS, Stephen Delgiadice, pai de uma menina de oito anos, disse que sua filha ouviu duas explosões e os professores pediram que ela ficasse em um canto. "É preocupante, especialmente nesta cidade, que sempre imaginamos ser o lugar mais seguro dos Estados Unidos."
"Newtown é uma cidade calma. Eu nunca esperava que isso fosse acontecer aqui. É muito assustador. Nossas crianças não estão a salvo aqui", disse Lisa Bailey, mãe de três crianças.
Obama se emociona ao falar de massacre em escola
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ligou ao governador de Connecticut, Dan Malloy, para enviar suas condolências às famílias das vítimas do massacre ocorrido nesta sexta-feira (14) em uma escola de Newtown. Leia matéria completa.
Mais tarde, durante pronunciamento à Nação, Obama foi às lágrimas e precisou de esforço para se recompor ao afirmar que sentia uma "tristeza opressiva" pelas mortes no massacre de Connecticut, um "crime abominável", segundo ele, enquanto prometeu adotar medidas "significativas" para impedir tragédias envolvendo armas de fogo. Leia mais.
Veja imagens da tragédia em Newton
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast