Autoridades do Equador informaram que subiu para 20 o número de presos assassinados no Centro de Privação de Liberdade de Turi, na região de Cuenca, capital da província de Azuay (sul do país). Destes, seis foram decapitados durante confronto entre detentos ocorrido no domingo (3).
A Promotoria de Azuay informou ao jornal El Universo que foi instaurado um inquérito preliminar para apurar quem ordenou o massacre. Desde o ano passado, o sistema prisional do Equador vem sendo palco de violentos confrontos entre presos.
Apenas em 2021, ao todo 316 detentos morreram em presídios equatorianos. O governo do presidente Guillermo Lasso apontou que esses massacres foram causados por gangues que disputam o controle de rotas do narcotráfico e chegou a decretar estado de exceção para combater traficantes.
Em Turi, outro massacre já havia sido registrado em fevereiro do ano passado, quando 33 presos foram mortos, a maioria decapitada e esquartejada. Cerca de 800 policiais e militares foram deslocados para recuperar o controle da prisão neste domingo.
Segundo o El Universo, até o início da tarde desta segunda-feira (4), cinco dos 20 corpos haviam sido identificados. Numa varredura no presídio de Turi, as autoridades apreenderam 50 telefones celulares, 127 armas brancas e 1.312 litros de álcool.
Em comunicado no Twitter, a Secretaria de Comunicação Social do Equador informou que foi prestada assistência psicossocial a 101 pessoas e que a primeira fase de identificação e coleta de impressões digitais foi concluída. Pela manhã, 80 familiares de presos foram atendidos.