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Mattarela reeleito
O presidente italiano Sergio Mattarella, reeleito neste sábado (29).| Foto: Roberto Monaldo/EFE

O presidente italiano Sergio Mattarella foi reeleito para um segundo mandato neste sábado (29) após impasse nas votações para a definição do sucessor. Mattarella concordou com a recondução para mais sete anos de mandato atendendo a pedido feito por lideranças partidárias, que fecharam acordo em torno do seu nome para colocar fim a uma semana de indefinição e sete rodadas de votações inconclusivas.

Na Itália, a votação para Presidência é indireta, com colégio eleitoral formado por 1.008 deputados, senadores e representantes regionais, e costuras de acordos são comuns. A reeleição de Mattarella foi confirmada com 759 votos, bem acima da maioria simples (505) necessária em um processo que se alongue para além da quarta etapa de votação, conforme as regras locais.

Durante as sete votações anteriores, os partidos foram incapazes de fechar questão em torno de outro nome. O próprio primeiro-ministro, Mario Draghi, apresentou interesse na candidatura para suceder Mattarella, frustrada em face da preocupação quanto a eventuais dificuldades na sua substituição no cargo. Agora, a percepção é de possível deterioração nas relações entre os partidos da coalizão governista, desgastadas pelo processo eleitoral.

Mattarella já havia indicado desinteresse em permanecer na presidência após o 03 de fevereiro, quando encerraria seu tempo no posto, mas a incapacidade da política para encontrar outra solução fez com que mudasse de ideia. Em breve mensagem lida por ele no Palácio di Quirinal neste sábado (29), afirmou que "os dias complexos que se passaram durante a eleição do chefe de Estado e a grave situação de emergência que enfrentamos, de um ponto de vista sanitário, econômico e social, exigem um sentido de responsabilidade e respeito pelas decisões do Parlamento", deixando clara sua concordância com a reeleição.

A cerimônia de posse ocorrerá na semana que vem, quando Mattarella se tornará o segundo presidente italiano a repetir o mandato. O primeiro foi Giorgio Napolitano, em 2013 - também apesar de ter dito que se aposentaria.

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