As más condições do tempo impediram nesta quinta-feira o lançamento do ônibus espacial Discovery para uma missão de 12 dias rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A decisão foi tomada dois minutos depois da hora prevista originalmente para a partida, que era 21h35m (0h35m de sexta-feira, em Brasília), quando os sete tripulantes estavam prontos para decolar.

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Uma nova tentativa estava marcada para esta sexta-feira, às 21h13 (0h13m de sábado, em Brasília). Mas foi cancelada porque as condições vão piorar nas próximas horas, disse um porta-voz da Nasa. A expectativa é de que no sábado, às 20h48m (23h48m de Brasília) seja possível tentar outra vez, porque a situação climática deverá ser melhor. As probabilidades de lançamento no sábado são de 40 %, informou o porta-voz.

- Fizemos o possível mas não conseguimos desta vez. Não tínhamos certeza de que as nuvens se dispersariam o suficiente - disse o diretor de lançamento, Mike Leinbach.

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- Não fiquem muito decepcionados - respondeu o comandante da missão, Mark Polansky.

No momento em que o lançamento foi cancelado, nuvens baixas cobriam a região. Também existia ameaça de chuva, em conseqüência de uma frente de baixa pressão que chegou ao centro da península da Flórida nas últimas horas. Segundo fontes da Nasa, as nuvens impediriam a observação da nave e Polansky precisaria de uma visibilidade perfeita caso fosse necessária uma aterrissagem de emergência.

O mau tempo também afetou os locais escolhidos para um pouso de emergência, na Espanha e na França, disseram fontes da agência espacial americana.

Considerada uma das missões mais complexas desde que a ISS entrou em órbita, em 1998, esta deveria ser a terceira em seis meses e o primeiro lançamento noturno em mais de três anos.

Segundo Max Timmerman, especialista em assuntos meteorológicos da Nasa, as previsões são de que o momento ideal para um lançamento seria na terça-feira. A Nasa previu uma "janela" para o lançamento que vai até o dia 17. Caso o mau tempo continue impedindo a decolagem, a missão terá que ser adiada até o próximo ano.

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Durante sua permanência no espaço, os astronautas do Discovery terão como tarefa principal instalar um novo sistema elétrico na ISS, para aproveitar os painéis solares instalados pela missão do Atlantis em setembro. Eles também instalarão um novo módulo e acrescentarão uma viga à estrutura principal da ISS, uma iniciativa conjunta da Nasa e da Agência Espacial Européia com participação de Japão, Rússia e Canadá.

A construção da ISS estava suspensa desde fevereiro de 2003, por causa da tragédia do Colúmbia, que se desintegrou ao voltar de uma missão científica. No acidente morreram os sete tripulantes.

Além de Polansky, os outros membros da tripulação do Discovery são o piloto William Oefelein, os especialistas Robert Curbeam, Joan Higginbotham, Nicholas Patrick e Christer Fuglesan, e os dois engenheiros de vôo, Sunita Williams e o sueco Thomas Reiter.

A Nasa prevê mais 14 missões até 2010, ano em que os ônibus espaciais atuais serão substituídos por naves de maior capacidade de carga, capazes de viagens à Lua e a Marte.

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